O aumento de casos de covid-19 causados pela variante ômicron pode ser uma das explicações para o recorde histórico de óbitos registrados pelos Cartórios de Registro Civil mato-grossenses em janeiro de 2022. O mês foi o segundo mais mortal desde o início da série histórica, iniciada em 2013.
O primeiro lugar neste ranking ainda é de janeiro do ano passado, quando foram registados 2.006 óbitos no Estado. Em janeiro deste ano, todavia, a diferença foi de apenas 3 ocorrências, com um total de 2.003 registros.
Entre as principais causas desses falecimentos está a pneumonia. Houve um aumento de mais de 97% nos óbitos causados por essa doença, em comparação ao mesmo mês do ano passado. Mato Grosso passou de 156 mortos em janeiro de 2021 para 222 neste ano.
As estatíticas constam no Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen/BR), abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos 7.658 Cartórios de Registro Civil do país. Além disso, os números são cruzados com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que utilizam como base os dados dos próprios cartórios brasileiros.
Outras causas de mortes
Os números de óbitos registrados pelos cartórios mato-grossenses também está relacionado ao crescimento de mortes por doenças do coração em janeiro deste ano, na comparação com o primeiro mês do ano passado. As principais causas foram as seguintes:
- Causas Cardiovasculas Inespecíficas (13,9%)
- Infarto (3,4%)
Também registraram crescimento as mortes por septicemia (42%) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (200%).
Enquanto isso, as mortes por acidente vascular cerebral (AVC) tiveram redução de 2,8%. O mesmo ocorreu com os óbitos por covid-19, que tiveram redução de 59% no período.
Mortes violentas
Os dados do levantamento apontam ainda que as mortes por causas violentas – aquelas que ocorrem em razão de homicídios, acidentes de veículos, suicídio, entre outras – aumentaram 6,25%.
O número de óbitos registrados nos meses de 2022 ainda pode vir a aumentar, assim como a variação da média anual e do período, uma vez que os prazos para registros chegam a prever um intervalo de até 15 dias entre o falecimento e o lançamento do registro no Portal da Transparência.
(Com Assessoria)