Os vereadores de Cuiabá instalaram uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias de atraso no pagamento aos bancos dos empréstimos consignados de servidores. A comissão começa a vigorar uma semana após a rejeição a um pedido para apurar assunto semelhante.
O pedido enterrado tinha sido apresentado pela vereadora da oposição Michelly Alencar (União Brasil). Ela teve a quantidade exigida de assinaturas para a CPI até a abertura da sessão em que o requerimento validado em plenário.
O presidente da Câmara, Chico 2000 (PL), disse que o arquivamento foi declarado pela retirada da assinatura de três vereadores: Luís Fernando (Republicanos), Marcus Brito Júnior (PV) e Pastor Jeferson (PSD).
LEIA TAMBÉM
As denúncias serão agora investigadas por vereadores da base do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). O pastor Jeferson é o presidente da CPI instalada e Marcus Brito, o relator. O terceiro titular é o vereador Rogério Varanda, filiado ao MDB.
A CPI deles leva em conta a denúncia da professora aposentada Rosália Ferreira. Ela disse da tribuna da Câmara que a prefeitura não tem repassado o dinheiro que desconta em folha de pagamento para os bancos.
As primeiras denúncias começaram a ser feitas no começo do ano. Servidores, principalmente da Saúde, descobriram que seus cadastros estavam negativados por causa de dívida. A prefeitura teria parado de transferir as parcelas em dezembro. Os vereadores da oposição calculam que o valor esteja em torno de R$ 30 milhões.