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Aposentadorias e licenças levam Hospital Júlio Müller a fechar pronto-atendimento infantil

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Aposentadorias e licenças levam Hospital Júlio Müller a fechar pronto-atendimento infantil
(Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre)

O Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM) fechou as portas do Pronto-Atendimento Infantil, por defasagem no quadro de profissionais. A medida passou a ser adotada a partir da tarde de segunda-feira (3), para garantir o funcionamento de outro setor primordial: a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal.

De acordo com o superintendente do HUJM, o médico Hildevaldo Monteiro Fortes, a falta de profissionais é uma situação antiga enfrentada pela unidade. Entre o principal fator, segundo ele, está a aposentadoria, uma vez que muitos profissionais estão aptos e têm buscado pelo direito. Conforme revelou, apenas em 2017 foram 80 aposentadorias. Já no mês de agosto deste ano foram outras 20. Além desses, outros quase 25 funcionários estariam de licença por motivos diversos.

Segundo o médico, ao longo dos meses, os demais profissionais têm se revezado para garantir o atendimento em setores prioritários. No entanto, a situação ficou ainda mais crítica com as aposentadorias e licenças de agosto.

[featured_paragraph]“Alguns setores, que estavam trabalhando em situação crítica com relação a escala de serviço, deixaram de conseguir fechar as escalas. Então teriam setores de atendimento ininterrupto, como UTI, atendimento a vítima de atendimento sexual, e a gente não conseguiria fechar as escalas, de forma que ficariam períodos ou dia em que você não teria profissional para atender”, explicou.[/featured_paragraph]

A situação dos demais setores logo chegou à UTI Neonatal. No entanto, após reunião, a equipe concluiu que não havia a possibilidade de fechar a ala por falta de médicos, uma vez que o Hospital Júlio Muller é referência no atendimento de gravidez de risco. Atualmente, todos os 15 leitos da UTI Neonatal estão ocupados.

De acordo com o superintendente, a média de atendimentos fica sempre entre 12 e 15 pacientes, uma vez que o hospital também recebe pacientes de outras unidades, por meio da regulação do Sistema Único de Saúde (SUS). Por esta razão, optou-se por encerrar o Pronto Atendimento, uma vez que o serviço pode ser encontrado em outra unidade médica de forma mais fácil do que a UTI Neonatal.

Na manhã dessa terça-feira (4), a diretoria do HUJM passou por uma reunião com representantes da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que administra a unidade. Lá foi informada que não há previsão para novas contratações, ainda que temporárias e emergenciais, antes de outubro.

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