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Analistas não veem prejuízos à reeleição de Maggi

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Analistas não veem prejuízos à reeleição de Maggi

Apesar dos prejuízos à carreira política do ministro da Agricultura e senador licenciado, Blairo Maggi (PP), com o envolvimento do seu nome nas investigações da Operação Lava Jato, analistas ouvidos pelo LIVRE não acreditam em mudanças, neste momento, no cenário político em Mato Grosso, que possa reverter a preferência do progressista na disputa à reeleição ao Senado.

Maggi foi citado na delação premiada de dois executivos da Odebrecht. Segundo o inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro teria recebido R$ 12 milhões para a campanha de 2006, quando disputou e foi reeleito governador de Mato Grosso. Ele nega qualquer relação com a empreiteira e que tenha recebido qualquer montante do grupo.

O jornalista e analista político, Onofre Ribeiro, afirma que Maggi vinha numa ascensão e agora terá que repensar. “É preciso fazer um esforço para colocar em pratos limpos e sair desta fogueira”, avalia. Ele lembra que apesar da citação na Lava Jato, Blairo continua sendo fundamental na composição política do Estado. “Ele tem um patrimônio, uma rede de relacionamentos e muita força de interferência”, afirma Onofre.

De outro lado, o analista questiona a citação de Maggi na Operação. “Blairo vinha despontando no cenário nacional, como vice ou a presidente, e na passada de régua sobraria  poucos nomes viáveis. Será que não tem um proposital?. Tem muita gente aprontando para tentar se salvar”, diz Onofre ao levantar dúvida sobre a motivação do envolvimento do nome de Maggi.

O professor e analista político, João Edison Souza, avalia que, a abertura de investigações, afeta expectativa da política. “Como ele estava despontando no cenário nacional, abriria uma vaga na disputa ao Senado, porque hoje se conta com a vaga de Maggi. Ele continua forte, se não for proibido de disputar”, destaca, apesar de apontar o furacão em que o ministro se encontra no momento.

Professor, historiador e articulista, Alfredo da Mota Menezes diz que por se tratar da abertura de um processo, machuca Maggi, assim como machuca os senadores Aécio Neves e José Serra, entre outros. Ele observa que a população está de olho nas denúncias, mas ele acredita que Maggi tem tempo para recuperar e muita força política no Estado. “Ele tem muito cartucho para gastar”, lembra.

Para o articulista, as repostas dadas neste momento não são incisivas porque os citados ainda sequer têm acesso ao processo. Por isso, as notas de esclarecimentos acabam ficando no mesmo padrão. Quanto à participação de Blairo na eleição nacional do próximo ano, ele afirma que sempre viu um cenário difícil, independente das investigações. “O partido dele não é grande, Mato Grosso tem um eleitorado pequeno para uma bancar uma candidatura, mas se via Maggi como um vice de uma grande chapa”, pontua.

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