Política

Agro: governo Federal nega suspensão de linhas de crédito do BNDES

Em nota oficial, a instituição financeira e a União dizem que os programas foram na verdade retomados

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Agro: governo Federal nega suspensão de linhas de crédito do BNDES

O governo Federal e o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgaram uma nota oficial desmentindo a informação que os programas ligados ao agro estavam suspensos na instituição financeira. A questão também foi alvo de um discurso realizado pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro (PSD) em um evento da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato).Na ocasião, o ministro defendeu que espalhar esse tipo de informação é coisa de gente mal informada ou mal intencionada.

O desencontro de informações sobre as linhas ligadas ao agro começou no dia 6 de fevereiro, quando o Jornal Valor Econômico publicou uma matéria falando sobre a suspensão de pelo menos 9 linhas de crédito que estavam recém retomadas porque o dinheiro disponível não foi suficiente para a demanda.

A informação foi ganhando força seguindo o viés unicamente da “suspensão” e teve um novo capítulo quando o deputado Federal Kim Kataguiri (União) usou a tribuna da Câmara Federal para falar sobre assunto.

“BNDES deixa de incentivar a atividade mais lucrativa do país, uma das atividades que mais gera emprego e renda, para financiar a ditadura – se referindo ao discurso do presidente sobre investimento em obras em outros países da América do Sul”, afirmou.

O que diz Fávaro e a nota

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A nota oficial diz que a linha não foi suspensa, contudo enfrenta dificuldades porque havia muita demanda represada e o valor disponibilizado R$ 2,9 bilhões foi rapidamente utilizado.

Isso aconteceu porque no ano passado, em outubro precisamente, as linhas do agro foram suspensas pelo antigo presidente e, agora, foram retomada. Segundo a nota, foram disponibilizados R$ 2,9 bilhões, porém a demanda herdada da outra gestão era muito alta.

Leia nota na íntegra:

Nenhuma linha de crédito foi fechada. Pelo contrário, as linhas suspensas foram restabelecidas.

  • Desde outubro/22, linhas disponíveis ao setor agropecuário estavam suspensas por falta de recursos.
  • Em 30 dias, R$ 2,9 bilhões foram liberados para o setor.

Para restabelecer a verdade em torno do assunto linha de crédito para o setor agropecuário, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República torna público que o Governo Federal e o BNDES, cientes das demandas do setor, trabalham continuamente para viabilizar recursos e disponibilizá-los, com a maior brevidade possível.

Esse propósito foi o motor da reabertura, em janeiro de 2023, das linhas de crédito para o setor que foram suspensas ainda em outubro de 2022 pelo governo passado. Foram dois meses sem qualquer recurso, justamente na época em que ele era mais necessário.

A nova diretoria do BNDES, de fato, priorizou a alta demanda dos produtores rurais e suas cooperativas e viabilizou R$ 2,9 bilhões de recursos adicionais.

Contudo, a procura por crédito foi muito acima do volume disponível no momento, fator que ocasionou o rápido consumo dos recursos pelo setor, dada a total escassez herdada pelo governo atual. Um novo ciclo de abertura de crédito começará, logo que novos recursos estejam disponíveis.

Não há qualquer dúvida sobre a importância do crédito e do setor agropecuário para a economia do Brasil. Quem tenta plantar mentiras sobre essa realidade, aposta em uma versão de que o crescimento econômico é inimigo da responsabilidade social e da sustentabilidade. Nada mais errado!

No ano passado, o Banco, ciente da elevada demanda do setor, havia pleiteado R$ 34,5 bilhões a serem utilizados entre mais de 10 programas de crédito. Mas o Plano Safra do governo passado disponibilizou apenas R$ 19,8 bilhões de limite equalizável. Em 2023, o Governo Federal irá reposicionar o setor agropecuário em seu lugar de prioridade – e de direito”.

 

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