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Advogado de Gilmar Fabris diz que prisão foi um equívoco

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Advogado de Gilmar Fabris diz que prisão foi um equívoco

Ednilson Aguiar/O Livre

deputado Gilmar Fabris

O advogado Zaid Arbid, responsável pela defesa do deputado estadual afastado Gilmar Fabris (DEM), afirmou que a prisão do parlamentar foi um erro cometido pela Justiça. Ele reafirmou que a maleta carregada pelo deputado às 05h30 da manhã da última quinta-feira (14/9), momentos antes da chegada da Polícia Federal em sua residência, continha apenas objetos de uso diário.

“Houve um equívoco. De forma alguma ele dificultou a coleta de provas, então agora ele veio e prestou os esclarecimentos”, afirmou o advogado. Zaid disse ainda que o horário no qual o deputado deixou seu apartamento também seria o rotineiro. “Não houve fuga”, completou.

De acordo com Zaid, a Assembleia Legislativa deve ser comunicada em até 24 horas sobre a prisão do deputado e emitir um parecer sobre a concordância ou não com a prisão. “Creio eu que os fatos dispensam essa constrição, não se justifica uma reclusão”, disse.

A Justiça decretou a prisão de Fabris na manhã desta sexta-feira (15/9) por suposta ocultação de provas durante a 12a. fase da Operação Ararath, batizada de Malebolge, deflagrada na última quinta-feira (14/9). O pedido de prisão foi feito pelo procurador-geral da República (PGR) Rodrigo Janot ao ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A PF se dirigiu ao apartamento de Fabris, mas o deputado estava em Rondonópolis desde a noite de quinta. Depois que foi noticiado o pedido, Fabris se dirigiu a Cuiabá. “Ele é um deputado republicano. É um homem do povo e não pode questionar ordem judicial”, afirmou o advogado.

O deputado prestou depoimento ao delegado Wilson Rodrigues na sede da PF por cerca de quatro horas, foi encaminhado a uma audiência de custódia e depois foi levado a Centro de Custódia da Capital (CCC).

Gilmar Fabris é apontado como um dos recebedores de propina no chamado “mensalinho” da Assembleia, ocorrido durante a gestão do ex-governador Silval da Cunha Barbosa (PMDB). Em sua delação premiada, o ex-governador afirmou que os deputados estaduais recebiam R$ 600 mil anuais, em 12 parcelas de R$ 50 mil, para dar votos favoráveis a projetos do executivo estadual, além de não investigarem membros do governo.

Operação
A PF, junto ao Ministério Público Federal (MPF), deflagraram na última quinta-feira a 12a. fase da Operação Ararath. O foco eram os alvos citados por Silval e seu ex-chefe de gabinete, Silvio Cézar Correa de Araújo, em delação homologada pelo STF. Foram realizadas buscas em 65 endereços.

Policiais civis também foram às ruas. Foram envolvidos mais de 100 agentes policiais na operação em Cuiabá, São Paulo, Brasília, Sorriso, Tangará da Serra, Araputanga, Primavera do Leste, Rondonópolis, Pontes e Lacerda, Sinop e Juara.

A casa do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), foi alvo de busca e apreensão – assim como os prédios da Prefeitura de Cuiabá e da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Casas de deputados estaduais e conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) também foram alvos.

O apartamento do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em Brasília, também teve buscas. Maggi é acusado por Silval Barbosa de ter pago R$ 3 milhões para que o ex-secretário Éder Moraes mudasse o depoimento que culminou no arquivamento parcial da operação Ararath.

Todos os mandados foram expedidos pelo ministro Luiz Fux, do STF, a pedido da PGR.

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