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Dentre as 400 obras da nova mostra coletiva do Museu de Arte de São Paulo (Masp), que ao certo reacenderá o debate sobre as polêmicas que rondaram as exposições do Santander Cultural e Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), está a obra de um genial mato-grossense.
Adir Sodré é um dos artistas com obras selecionadas a integrar a exposição “Histórias da Sexualidade”, que começa no dia 20 de outubro e segue até 14 de fevereiro de 2018. Nesta quarta-feira (18), ganhou enfoque especial no Caderno 2, de O Estado de São Paulo. A obra “Roberta Close”, uma acrílica sobre tela de 1985, ilustra a matéria de divulgação da exposição. “Uma naja desnuda, uma ninfa neo moderna”, classifica Adir.
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Ao certo, esta é uma aposta do Masp, focando a função social artística e o poder transformador advindo da cultura. Na descrição, ressalta que “o sexo é parte integral de nossa vida e, sem ele, sequer existiríamos. Por isso, a sexualidade tem desde sempre ocupado lugar central no imaginário coletivo e na produção artística. A exposição Histórias da sexualidade traz um recorte abrangente e diverso dessas produções. O objetivo é estimular um debate — urgente na atualidade —, cruzando temporalidades, geografias e meios. Episódios recentes ocorridos no Brasil e no mundo trouxeram à tona questões relativas à sexualidade e aos limites entre direitos individuais e liberdade de expressão, por meio de embates públicos, protestos e violentas manifestações nas mídias sociais”, ressaltam.
Adir recebeu com entusiasmo a divulgação de sua obra pelo jornal paulistano e aguarda ainda mais ansioso pelo início da mostra, além, de seus desdobramentos. Ele falou ao Livre sobre as reações polêmicas que têm se multiplicado pelas redes sociais e a censura originária, que tem motivado cancelamento das exposições. “Não estou entendendo nada dessa onda de moralismo. Vão ter que censurar obras do mundo inteiro. Tenho até medo”.
Vale ressaltar, desde a fundação do Masp, em 1947, esta é a primeira vez que uma exposição é vetada para menores de 18 anos. Só maiores poderão conferir a exposição que inclui também, obras apresentadas na exposição Quuermuseu, do Santander, a exemplo. Além de 40 obras do acervo do Masp, outras vêm de museus, galerias e colecionadores, caso da obra Roberta Close, do acervo pessoal de Nathan Churchill.
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