Frente à polêmica em torno da proposta do governo de extinguir a Empresa Mato-grossense de Tecnologia da Informação (MTI), o vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) defendeu que é preciso por um fim à empresa que “gera um alto custo para o Estado e produz pouco resultado”.
“A MTI mostra não ser conveniente para a sociedade e ponto”, afirmou.
Ao ser questionado se a medida não seria precipitada, Pivetta ironizou: “tão precipitada pelo Governo Mauro como foi abandonada pelos governos anteriores”.
O pedetista também rebateu as declarações dos servidores da empresa, que afirmaram não poder concordar com a afirmação de que a tecnologia do Estado poderá ser cuidada “por um simples setor de informática”.
Por meio de nota, o sindicato da categoria pontuou que dados e informações da máquina estatal são estratégicos e devem ser mantidos na administração pública.
“Não podemos permitir a entrega destes valiosos dados a empresas privadas. Este serviço é indelegável e o governo deve pautar pela proteção dos dados sigilosos do Estado, pela segurança de suas informações e pela continuidade do negócio”, diz trecho da nota.
O vice-governador ponderou, por sua vez, que a questão da segurança tem ambiente e momento oportuno para ser discutida. “Até porque os dados do governo são públicos, não tem porque se preocupar com isso”, disse.
Proposta de extinção
A proposta de extinção da MTI está incluída no projeto da reforma administrativa protocolado pelo governador Mauro Mendes (DEM) na Assembleia Legislativa, na semana passada.
A Mensagem prevê ainda a extinção da Empresa Mato-Grossense de Pesquisa e Extensão Rural (Empaer), da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), da Central de Abastecimento do Estado (Ceasa), da Agência de Fomento do Estado de Mato Grosso (Desenvolve MT) e da Agência de Desenvolvimento Metropolitano da Região do Vale do Rio Cuiabá (Agem).
O único órgão que deve ser extinto imediatamente, no entanto, é a Agem. As outras autarquias ainda devem passar por um estudo antes do início do processo.