Leis e Justiça

Veja como os deputados de MT votaram mudanças que irão mexer na dívida do país a partir de 2024

Arcabouço fiscal cria limites para o governo federal gastar dinheiro, mas há quem vê aumento das despesas

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Veja como os deputados de MT votaram mudanças que irão mexer na dívida do país a partir de 2024
Brasília (DF), 15/03/2023 - Sessão solene da Câmara dos Deputados em homenagem à vereadora Marielle Franco e a Anderson Gomes.

Deputados federais de Mato Grosso se dividiram na votação do arcabouço fiscal do governo. O texto foi aprovado ontem (23) com 372 votos a favor e 108 contra. O placar da bancada de Mato Grosso ficou em 4 a 3 pela medida, com uma ausência. 

Três dos quatro membros do PL (Partido Liberal) votaram contra a aprovação do projeto de lei – Abílio Brunini, Amália Barros e José Medeiros. A Coronel Fernanda não teve registro de voto. 

Medeiros foi o único a se manifestar sobre o projeto do governo ainda durante a votação. Ele disse nas suas redes sociais que a votação seria feita “guela abaixo”, para “abrir as comportas das gastanças”. 

Votaram pela aprovação: Coronel Assis (União Brasil), Emanuelzinho (MDB), Fábio Garcia (União Brasil) e Juarez Costa (MDB).  

O que é o arcabouço fiscal?  

O arcabouço fiscal é um conjunto de regras para controlar os gastos do governo federal, sem considerar os gastos considerados prioritários. Ele substituirá o Teto de Gastos a partir do próximo ano. 

O Teto é a regra atual para o controle dos gastos. Basicamente, o teto, criado em 2017, impede que os gastos do governo cresçam acima da inflação – índice econômico que acompanha a variação dos preços. Se a inflação está alta, os preços estão mais caros. Para o governo, isso significa mais dinheiro no caixa por arrecadação de impostos. 

Em 2022, foi considerado que o Teto de Gastos se esgotou, ou seja, não consegue mais manter os gastos do país controlado, ante o crescimento de serviços em infraestrutura, saúde e segurança, por exemplo. 

O arcabouço fiscal tem o objetivo de estabelecer novas regras para esse controle e evitar que o Brasil caia em dívidas.  

Quais são as regras? 

O arcabouço fiscal fixa regras para manter as despesas abaixo das receitas por ano e, se houver sobras, usá-las apenas em investimentos. A cada ano, haverá limites da despesa primária reajustados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e também por um percentual do quanto cresceu a receita primária descontada a inflação. 

Os gastos públicos poderão aumentar 2,5% ao ano, a depender do crescimento da arrecadação. Essa regra foi considerada um avanço, pois o projeto original do governo federal previa aumento automático dos gastos a cada ano. 

O aumento agora só será autorizado se a arrecadação de dinheiro via impostos ficar acima da estimada nas leis orçamentárias.  

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