O governo de Mato Grosso e o gabinete de intervenção na Saúde de Cuiabá inauguraram a UPA (Unidade de Pronto de Atendimento) Leblon.
Os atendimentos começam a ser realizados amanhã (14), após 7 anos de obra e disputa de crédito político entre prefeitura e governo pela abertura.
A unidade deve ser a referência em saúde secundária e de urgência para 44 bairros. A estimativa é que sejam realizados 10 mil atendimentos ao mês.
“É uma estrutura que estamos iniciando 100% completa. Nós teremos consulta médica com 4 consultórios para adultos, 2 consultórios de pediatria, sala de classificação de risco, 6 leitos de urgência e emergência, mais 16 leitos de internação para que os pacientes aguardem vaga em outro hospital”, disse a interventora Daniella Carmona.
A UPA Leblon deve ter o serviço de atendimento a domicílio. Segundo a interventora, as portas serão abertas com uma equipe multidisciplinar para para prestação desse serviço.
Ainda conforme a intervenção, os bairros no raio de atendimento da UPA somam cerca de 200 mil pessoas, próximo a um terço da população de Cuiabá.Os serviços de raio-X e hemograma devem estar disponíveis desde já.A disputa política.
A obra da UPA Leblon começou em 2016, último ano do mandato de Mauro Mendes como prefeito de Cuiabá.
De lá pra cá, os serviços se arrastaram, o que levou o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) a abrir uma investigação sobre o gasto público, em meados de 2020. Na época, a Prefeitura de Cuiabá chegou a anunciar a inauguração da UPA para o fim do mesmo ano. A previsão não foi cumprida e desde então não houve mais datas estimadas.
O cálculo é que a obra deveria durar até 2 anos. Em nota divulgada hoje, a prefeitura disse que 99% dos serviços estavam concluídos, antes de o governo assumir a administração do SUS (Sistema Único de Saúde) via intervenção.
O gabinete e o governo dizem que vários serviços foram refeitos, por exemplo, para resolver problema de infiltração, e o acabamento foi redesenhado.“Nem as obras do VLT que eram supercomplicadas levaram tanto quanto esses 7 anos para serem resolvidas”, disse Mauro Mendes.