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Trump, Eike e delações influenciam Bovespa

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Trump, Eike e delações influenciam Bovespa

Na primeira meia hora do pregão, a Bovespa renovou mínimas em um movimento de realização pelas notícias no plano doméstico e dos Estados Unidos. Por volta das 11 horas, o índice marcava a mínima de 65.267,24 pontos, em baixa de 1,16%.

Os investidores abriram a semana de negócios na Bovespa predispostos à realização usando como pano de fundo os acontecimentos recentes da cena interna, como a perspectiva de acordo de delação do empresário Eike Batista, que chegou ao Brasil há pouco, e a homologação das delações da Odebrecht pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia. O exterior também conta com os agentes atentos ao desdobramento das decisões do presidente americano Donald Trump sobre questões de imigração.

“Hoje estou um pouco pessimista com relação ao comportamento do Ibovespa. Notícias de Trump, a chegada de Eike e as delações da Odebrecht devem dar gancho para a realização”, disse Marco Tulli Siqueira, gestor de renda variável da Coinvalores, lembrando que esse movimento também é favorecido pelo acúmulo forte de ganhos (9,64%) apenas em janeiro.

Na sexta-feira, depois de quatro altas consecutivas, o Ibovespa já mostrou leve movimento de realização de lucros, quando recuou 0,24%, aos 66.033,98 pontos. Assim como no último pregão da semana passada, a presença de investidores estrangeiros na ponta compradora pode ser o contraponto para a queda. Até a última terça-feira, o saldo do capital externo na Bolsa brasileira era positivo em R$ 4,8 bilhões.

As ações da Vale -que seguem sem preço de referência do minério de ferro por causa do feriado na China – seguem em baixa. “O papel da Vale tem espaço para correção hoje”, nota Fernando Goés, analista da Clear Corretora.  Os papéis da mineradora têm figurado entre os alvos preferenciais dos investidores estrangeiros nos últimos dias, beneficiados pelas altas das commodities metálicas e pela expectativa de aquecimento econômico em mercados estratégicos.

A agenda semanal de dados é cheia, com o resultado fiscal público de 2016 e a produção industrial de dezembro. Hoje cedo o Relatório de Mercado Focus mostrou que a mediana para o IPCA – o índice oficial de inflação – em 2017 foi de 4,71% para 4,70%. Há um mês, estava em 4,87%. Já a projeção para o IPCA de 2018 permaneceu em 4,50%, mesmo patamar de quatro semanas atrás.

No exterior, os Estados Unidos divulgam o relatório do mercado de trabalho de dezembro (Payroll) na sexta-feira. Na Europa, o Banco da Inglaterra anuncia decisão de política monetária na quinta-feira, e a zona do euro informa PIB do quarto trimestre.

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