Crônicas Policiais

Tribunal do crime: operação mira facção que matou jovem acusando-o de estupro

O jovem foi assassinado e um amigo torturado por membros da facção, sob a acusação de terem estuprado uma moradora do Pedra 90

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Tribunal do crime: operação mira facção que matou jovem acusando-o de estupro
(Foto: PJC MT)

Integrantes de uma facção criminosa são alvos da Operação Themis, deflagrada hoje (28) pela Polícia Civil para apurar a execução de um jovem de 21 anos e a tortura de outro de 22 anos, após ambos serem “condenados pelo tribunal do crime” acusados de terem estuprado uma moradora do Bairro Pedra 90, em Cuiabá.

Equipes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa cumprem 3 mandados de prisão e 5 de busca e apreensão contra os investigados por homicídio qualificado, tortura e por integrar organização criminosa.

A investigação da Delegacia Especializada de Homícidio e Proteção à Pessoa (DHPP) identificou os executores e mandantes de um castigo e tortura contra dois jovens. Um deles foi assassinado na região do Cinturão Verde, no Pedra 90, há dois anos. Felipe Fernandes Rodrigues da Silva, de 21 anos, foi morto com vários disparos por membros da facção criminosa. Outro jovem, de 22 anos, foi torturado.

“Diante das análises das provas técnicas, a DHPP de Cuiabá representou pelas prisões e buscas nas casas dos investigados, sendo os pedidos deferidos na íntegra pelo Poder Judiciário”, comentou o delegado Ricardo Franco de Oliveira, que conduz o inquérito.

Segundo a Polícia Civil, os membros da organização criminosa decidiram, às margens da lei, pela instalação do “tribunal do crime” e, consequentemente, pela punição imputada às vítimas em decorrência de um suposto estupro que teria sido praticado contra uma moradora da região do Pedra 90, que teria denunciado os dois rapazes à facção.

A equipe da DHPP apurou que fotos das vítimas circularam por um aplicativo de mensagens informando que Felipe Fernandes e o outro rapaz estavam sendo procurados pelo suposto crime.

“O trabalho da Polícia Civil é uma resposta à sociedade, para que a verdadeira justiça seja feita, com o desmantelamento da organização criminosa e responsabilização dos integrantes pelos gravíssimos crimes praticados, todos eles considerados hediondos na legislação”, observou o delegado.

O significado do nome da operação foi retirado da mitologia grega. Themis é considerada a deusa da Justiça. A operação faz alusão à justiça do Estado, em contraposição ao “tribunal do crime” e as punições aplicadas por organizações criminosas.

A operação conta com apoio da Gerência de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil.

(Com Assessoria)

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