A poucos dias do fim de ano, a preocupação com as festas e o que preparar toma a cabeça do consumidor. Uma delas é a ceia dos dias de festa e a carne suína é uma das opções. Segundo a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), um aumento na procura já foi percebido nesses dias, mas foi muito pequeno.
Itamar Antônio Canossa, presidente da Acrismat, aponta que as últimas seis semanas foram de estabilidade na demanda, mas teve um aumento de 5% (saindo de R$ 6,20 para R$ 6,50) no valor do suíno vivo, justamente com a expectativa de venda maior. Porém, nesse mesmo período, em anos anteriores, a demanda já era grande.
“Percebemos um aumento sim, mas, praticamente, é muito pouco a ser considerado. Acredito que seja pelo cenário político que deixou tudo muito instável, há o receio em gastar, comprar e estocar. Então não houve aquele reflexo excepcional que esperávamos”, reforça Canossa. “Particularmente, acredito que ao se aproximar das festas de final de ano pode ter um aumento, só não é possível estimar valores e percentuais”, complementa.
Prejuízos
A Acrismat lembra que os últimos dois anos foram muito ruins para a atividade que ainda “amarga” um problema muito sério: o trabalho sem margem de lucro. Canossa detalha que o ano de 2019 foi “extremamente bom”, mas 2020 já foi instável, por conta da pandemia da covid-19.
“Os anos seguintes, 2021 e 2022, foram ainda mais críticos, estamos praticamente trabalhando no vermelho, com prejuízo”, diz.
Para o próximo ano, uma das expectativas da suinocultura em Mato Grosso é que sejam adotadas medidas pelo Estado que possam, momentaneamente, desafogar os produtores. Uma delas, aponta Canossa, é a redução do ICMS.
De acordo com o governo do Estado, a Secretaria de Fazenda está estudando, em conjunto com a Pasta de Desenvolvimento Econômico, medidas para a suinocultura mato-grossense.
