Indicadores de relevância científica revelam que o Brasil está muito mal colocado no ranking mundial. Apesar do alto número de publicações, em 2015 ficamos em 61º lugar entre 73 países, ordenados por CPP (citações por publicação).
A preocupação com a produção científica brasileira não é nova, mas parece contaminada por concepções e chavões que não encontram embasamento empírico.
Umas dessas concepções que parecem implícitas no imaginário nacional é a de que as colocações mais elevadas nas prateleiras científicas estão reservadas automaticamente aos países mais desenvolvidos, às potências econômicas.
Prova viva de que essa concepção está equivocada é o sucesso da Hungria nos indicadores científicos. Em 2017, a Hungria alcançou a décima quinta colocação entre 70 países no ranking de impacto científico, com 76% da nota do primeiro colocado.
Descolamento entre a produção científica do Brasil e da Hungria é acentuado e revelador
O Artigo “Ciência e economia: o que a Hungria tem a nos ensinar?” estuda os motivos do sucesso húngaro nos indicadores cientométricos.
Apesar da disparidade atual entre os indicadores brasileiros e húngaros, no início da década de 1990 os dois países estavam emparelhados no ranking de relevância científica. O descolamento entre a produção científica do Brasil e da Hungria é acentuado e revelador.
Quais fatores são responsáveis pelo sucesso da produção científica húngara? Estes fatores são reproduzíveis, de modo que possamos aplicá-los no Brasil e replicar o sucesso húngaro? Há alguma correlação empírica entre sucesso científico e desenvolvimento econômico?
Estas questões são todas esclarecidas no artigo, publicação fundamental para quem deseja compreender o sucesso científico de um país que até três décadas atrás fazia parte do bloco soviético. Confira!