Ednilson Aguiar/O Livre
Arrecadação com a soja vem do recolhimento de ICMS e do Fethab
A soja produzida em Mato Grosso é responsável por 24,2% de toda arrecadação anual do Estado. Só neste ano, o setor deve gerar ao caixa estadual mais de R$ 3,03 bilhões. Os dados são de um estudo realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e surgem em meio às discussões quanto ao destino de parte do Fundo Estadual para Transporte e Habitação (Fethab) para saúde.
O Imea explica que os números foram elaborados a partir da Lei Orçamentária Anual (LOA), calculando os reflexos diretos e indiretos do cultivo da soja sobre o cofre estadual. O valor refere-se ao recolhimento direto e indireto do Fethab e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), recolhidos por vários meios pelos sojicultores, seja com a produção de farelo de soja, óleo, frete, diesel, salários e até mesmo energia elétrica.
Em relação às receitas obtidas, a da soja em grão tem maior impacto na arrecadação e corresponde a R$ 1,28 bilhão ou 42% do total recolhido. Em relação ao total de ICMS recolhido pelo Estado, a soja corresponde por 19%, enquanto na arrecadação do Fethab, a soja corresponde a 69,2%.
Segundo o diretor executivo da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), Wellington Andrade, estes são os números mais atualizados do impacto do setor na composição da arrecadação mato-grossense.
Ednilson Aguiar/O Livre
Máquina trabalhando em fazenda que produz soja
Geração de emprego
O agronegócio estadual também é responsável pelo salto positivo na geração de empregos formais. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) de maio deste ano apontam que o setor se mantém como o que mais contribui para o saldo positivo de contratações.
Segundo o Imea, o saldo dos últimos 12 meses é de 3.532 empregos gerados, contra o saldo negativo de 9.903 baixas acumulado no mesmo período no cenário estadual. “Somente a agropecuária respondeu por 20,2% das contratações geradas em Mato Grosso no mês de maio de 2017”, observa o gerente de Política Agrícola da Aprosoja, Frederico Azevedo.
O gerente lembra ainda que o Estado também se destaca no âmbito nacional, ocupando o terceiro lugar no ranking de estados que mais contratam e é o segundo com maior saldo entre admissões e demissões. “Sinal de que, proporcionalmente, demitimos menos que a média nacional e setorial”, pontuou.