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Sílvio César afirma que dinheiro dado a Emanuel “era propina mesmo”

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Sílvio César afirma que dinheiro dado a Emanuel “era propina mesmo”

Ednilson Aguiar/O Livre

Silvio Santos Correia

Sílvio César: “dinheiro entregue a Emanuel era propina mesmo”

O ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa, Sílvio César Corrêa, confirmou, na manhã desta sexta-feira (16), na Câmara de Vereadores de Cuiabá, que o dinheiro pago ao então deputado estadual Emanuel Pinheiro era “propina” e não pagamento de pesquisa eleitoral.

A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a quebra de decoro do prefeito Emanuel Pinheiro (CPI do Paletó) colhe neste momento o depoimento de Sílvio César. O primeiro a fazer perguntas a Sílvio é o vereador Adevair Cabral, relator da CPI.

Além do vídeo em que mostra Emanuel Pinheiro recebendo dinheiro e guardando no paletó, Sílvio diz ter entregue à procuradoria Geral da República – em seu acordo de delação -, “mais umas 4 ou 5 folhas com anotações que eu fazia de qual mês tinha pago e para quem”, afirmou. “O dinheiro que foi passado para Emanuel Pinheiro na época era dinheiro de propina mesmo”, disse Silvio.

“Eu repito: o dinheiro que repassei a Emanuel não era dívida, era pro-pi-na”, disse Silvio, enfatizando a palavra.

Silvio disse que nunca teve relação de amizade com Emanuel. “Era uma relação meio profissional”. Ele disse que a propina era referente a um acordo que os deputados tinham com Silval a respeito do MT Integrado. Dessa forma, os valores eram oriundos da Sinfra.

“O retorno que as empresas davam ao governo era repassado pra mim e eu repassava aos deputados. Seriam R$ 600 mil para cada deputado, dividido em 12 parcelas. O governador Silval me passou a relação e nela estava o nome do deputado Emanuel Pinheiro”

Ele disse que chegou a pagar entre 8 e 10 parcelas de R$ 50 mil, e que os pagamentos foram feitos no gabinete dele e na Assembleia, a maior parte em espécie, mas houve também cheques.

Ele disse que em algumas ocasiões deixou o dinheiro com Mauro Savi ou Romoaldo Junior para repassar a propina. Silvio disse que não há possibilidade de Emanuel ter confundido e pensado que estava recebendo dinheiro de dívidas do irmão.

O ex-funcionário de Silval disse que Emanuel nunca questionou a origem do dinheiro. “Só queria receber. Só ia lá pra receber.” Ele negou que a imagem tivesse sido tirada de contexto. “Não tem como tirar de contexto. Foi uma sequência de pagamentos. Os deputados iam lá para receber a propina mensal”, resumiu.

Em relação ao que alega a defesa de Emanuel, de que Silval tinha uma dívida relacionada à pesquisas eleitorais, Silvio disse que o irmão do prefeito, Marco Polo de Freitas, realizou tais pesquisas em 2014 – e que os pagamentos feitos a Emanuel foram filmados em 2013.

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