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Riva pede acesso a pendrive com pagamentos ilícitos feitos pela AL

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Riva pede acesso a pendrive com pagamentos ilícitos feitos pela AL

Ednilson Aguiar/O Livre

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Juíza Selma Arruda e o ex-deputado durante audiência na 7ª Vara Criminal

A juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou que um pendrive apreendido na Operação Célula Mãe, derivada da Operação Metástase, passe por uma análise da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). O dispositivo teria os registros do caixa diário da Assembleia Legislativa entre 2009 e 2013, durante gestão do ex-deputado José Geraldo Riva (sem partido). A decisão é da última sexta-feira (22).

A análise será feita a pedido da própria defesa do ex-deputado e também de Geraldo Lauro, ex-chefe de gabinete de Riva. O pendrive está sob posse de Marisol Castro Sodré, ex-secretária de Riva na Assembleia. Ela fechou um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Estadual (MPE) – caminho jurídico que pode ser seguido pelo próprio ex-deputado.

O dispositivo foi apreendido pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) durante a deflagração da Metástase. Em setembro de 2015, o pen drive foi devolvido a Marisol.

José Riva deverá ser reinterrogado após a análise dos registros diários do caixa da Assembleia. De acordo com MPE, o grupo liderado pelo ex-deputado teria desviado ao menos R$ 1,7 milhão por meio da simulação de compras de diversos materiais por parte do legislativo estadual. O MPE indica que este valor seria apenas uma parte do que foi desviado dos “suprimentos de fundos” da Assembleia Legislativa – a utilização da verba, já extinta, não exigia licitação.

De acordo com documentos apresentados por Marisol Sodré, o dinheiro desviado serviu para o pagamento de “formaturas, passagens, exames médicos, velório, massagistas, litros e litros de uísque, ‘mensalinhos’ para vereadores e apoiadores políticos, jantares, dentre outros”.

Uma parte considerável dos recursos também seria destinada à manutenção da denominada “Casa de Apoio a Doentes” e “Escritório de Saúde” do então deputado, além de atender despesas pessoais de Riva. Empresas de fachada seriam utilizadas para emitir notas “frias”, de modo a mascarar os desvios.

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