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Repelente: procura cresceu com a dengue e mercado pode sofrer desabastecimento

Importação de ingredientes ativos para repelentes pode atrasar, gerando preocupações sobre a disponibilidade do produto em farmácias e mercados brasileiros

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Repelente: procura cresceu com a dengue e mercado pode sofrer desabastecimento

Com mais de 1 milhão de casos prováveis de dengue registrados no Brasil desde o início do ano, a busca por repelentes atingiu níveis sem precedentes. No entanto, os maiores fabricantes do produto temem uma possível escassez nos pontos de venda, devido à importação dos ingredientes ativos, que pode levar até 150 dias para chegar ao país.

Os princípios ativos dos repelentes, como a icaridina, o deet e o IR 3535, são todos importados. A chegada desses ingredientes pode levar de 30 a 150 dias, o que gera preocupações entre os fabricantes sobre a disponibilidade do produto para atender à crescente demanda da população.

Aumento da demanda

Dados da Linx, empresa especializada em softwares para o varejo, mostram um aumento de 26,4% nas vendas de repelentes em farmácias nos primeiros dois meses do ano, em comparação ao mesmo período de 2023. O aumento na procura levou os fabricantes a operarem em capacidade máxima para suprir a demanda.

Fabricantes como a Henlau Química, responsável por marcas como Ever Care e Needs, por exemplo, estão enfrentando desafios logísticos significativos. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, os representantes da empresa disseram que a importação da icaridina, por exemplo, pode levar até 60 dias de navio, o que levou a empresa a optar por transporte aéreo, apesar dos custos adicionais. No entanto, mesmo com essa medida, o processo alfandegário ainda causa atrasos na produção.

Além da matéria-prima, outros fabricantes do setor reclamam ainda da falta de embalagens e a escassez de matéria-prima, que limitam a capacidade de produção e podem resultar em uma eventual falta do produto no mercado.

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