Você sabe como funcionam os processos seletivos nas empresas para encontrar um candidato ideal para uma vaga de emprego? Ter esse tipo de conhecimento pode ser a diferença entre conseguir se recolocar no mercado de trabalho ou não.
Por exemplo, vale mesmo a pena mandar uma mensagem ao recrutador depois de enviar seu currículo? E o que o seu currículo deve ter para se destacar em meio aos outros?
A especialista em recolocação Mariana Torres, que atua como recrutadora há quase 20 anos, deu uma entrevista à equipe do LinkedIn falando sobre esses pontos.
A reportagem do LIVRE, compilou tudo em 5 tópicos essenciais para quem está procurando emprego.
1. Garanta que seu currículo se destaque
Não, os recrutadores não leem todos os currículos que chegam quando uma vaga de emprego é anunciada. Hoje, com desenvolvimento da tecnologia, muitos usam ferramentas de triagem automática. Elas buscam palavras-chave relacionadas à função a qual você está se candidatando. Uma dica importante é ler como a vaga foi descrita e tentar usar as mesmas palavras, assim, seu currículo vai ser mais “aderente”.
Quando não têm acesso a essas ferramentas, os recrutadores fazem uma rápida leitura inicial dos currículos. Não costumam demorar mais que 10 segundos em cada um deles, portanto, ainda assim, vale a dica de usar as palavras-chave relevantes.
Dica especial: eles costumam dar mais atenção as seções de experiência profissional e ignoram aquelas longas listas de cursos e palestras que você já fez.
2. Demonstre interesse pela vaga
Enviar uma mensagem ao recrutador após enviar seu currículo pode fazer a diferença, desde que seja uma mensagem adequada. Ser cordial e evitar fazer pedidos é a dica aqui. Apenas se apresente e reforce o interesse em trabalhar naquela empresa.
Também é aceitável enviar uma mensagem para perguntar sobre o andamento do processo seletivo. Mas atenção: considere período de tempo razoável para fazer isso e não cobre uma resposta.
Mesmo se você não for selecionado para essa vaga, pode valer a pena manter um contato com aquele recrutador. Muitos criam bancos de talentos e podem entrar em contato com você no futuro. Mantenha uma postura positiva e esteja ativo no LinkedIn para aumentar suas chances.
3. Fale sobre o que importa na hora da entrevista
Durante a entrevista de emprego, os recrutadores avaliam se o candidato atende aos pré-requisitos da vaga. Isso inclui habilidades técnicas e comportamentais. Sentir ansiedade nessa hora, é natural, mas isso não deve te impedir de contar sua história e demonstrar o que você sabe fazer.
Estar desempregado não conta pontos negativos para você. O que importa é mostrar que você é um profissional atualizado e que tem interesse naquele emprego.
Já falar mal de empresas anteriores e fazer reclamações durante a entrevista pode, sim, prejudicar sua candidatura.
4. Não se desespere, se não começar bem
Se a entrevista começa mal, mantenha a calma. É possível recuperar, desde que você responda bem às próximas perguntas e mostre seu valor.
Os recrutadores sabem que esse momento, em geral, é de ansiedade para as pessoas. Então, não se preocupe demais. A maioria deles não espera mesmo que você se sinta à vontade demais. Inclusive, ficar muito à vontade pode te levar a conversas irrelevantes, que não vão te ajudar em nada.
5. Passei, mas não quero mais a vaga. E agora?
Os recrutadores sabem que – principalmente no caso de pessoas desempregadas – os candidatos quase nunca estão participando, exclusivamente, daquele processo seletivo. Então, pode acontecer de a pessoa selecionada por eles já ter sido selecionada por outra empresa, que oferece uma vaga melhor. Se você for essa pessoa, tudo bem comunicar que você está desistindo.
Não é ruim desistir de um processo seletivo ou recusar uma oferta de emprego. Basta que você se comunique de forma profissional. Nessas horas, aliás, vale até perguntar se pode indicar alguém.
