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Procurando emprego? No comércio de MT sobram vagas e faltam pessoas

Diretor da Fecomércio-MT diz que há vagas para profissionais experientes e para quem está começando, com salários que chegam a R$ 4 mil

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Procurando emprego? No comércio de MT sobram vagas e faltam pessoas
(Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre

Principal empregador de Mato Grosso, o comércio vive um momento de déficit de profissionais, o que tem levado o setor a adotar as mais variadas estratégias para tentar preencher essas vagas.

Diferente de outros setores da economia, não estamos falando apenas de profissionais com certa experiência ou qualificação, embora esses também estejam escassos. Sobram empregos em paraticamente todas as empresas.

“O comércio tem diversos tipos de cargos que precisam ser preenchidos. Desde de vendedores, operadores de caixa e operadores logístico, até gerente de loja, com salários variando de um salário mínimo (R$ 1.212) até R$ 4 mil. Dependendo do porte da empresa, pode chegar até a mais que isso”, diz Junior Vidotti, diretor da Fecomércio-MT.

Mais vagas que pessoas para trabalhar

De acordo com a Federação, nos últimos 10 anos, Mato Grosso deu um salto de mais de 14% em sua força de trabalho. Passou de 1,5 milhão para 1,8 milhão de pessoas em plenas condições de ocupar vagas no mercado.

O percentual é maior, até mesmo, que a média de crescimento populacional na faixa etária considerada apta para trabalhar, que cresceu 12,82%.

E a pesquisa aponta que os setores do comércio e de serviços concentram cerca de 60% desses postos de trabalhos.

Foto de Kampus Production

Por que faltam profissionais?

Junior Vidotti acredita que diversos fatores contribuem para a falta de profissionais no comércio de Mato Grosso, sendo o principal deles o momento econômico favorável que o Estado atravessa.

Fatores comportamentais, no entanto, também estão nessa esteira. Ele cita como exemplo um relatório recente da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que aponta: quase 36% dos jovens brasileiros com idade entre 18 e 24 anos, nem trabalham, nem estudam.

Outros fatores que podem ter tirado profissionais do mercado, na avaliação de Vidotti, são o empreendedorismo e os auxílios pagos pelos governos.

“O empreendedorismo pode ser um dos fatores que contribuíram para tirar profissionais do mercado corporativo, mas acredito que não seja o principal e nem o único. O principal mesmo é que nossa atividade econômica está muito pujante e tem demandado mais profissionais. E nós temos também a questão dos auxílios sociais, que podem contribuir para que mais pessoas optem por ficar em casa, por exemplo, se dedicando mais aos filhos”.

(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

Estratégias para atrair profissionais

Diante desse cenário, uma das estratégias que as empresas têm adotado é buscar profissionais que já estariam na idade de parar de trabalhar. Segundo Vidotti, aumentaram as contratações de pessoas com 50 anos ou mais.

“Esses profissionais, com idade mais avançada, são de grande valia para o comércio. Eles têm mais experiência e um melhor trato no ambiente de trabalho. A maioria das empresas já se atentou para esse perfil”, ele diz.

Além disso, o setor tem investido em capacitação. Recentemente, a Fecomércio-MT, em parceria com o Senac, lançou o maior programa de preparação profissional para o comércio, o Prepara Varejo, que ofeceu mais de 15 mil vagas em 140 cursos gratuitos. Foram mais de 1,5 milhão de horas de capacitação em 124 municípios mato-grossenses.

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