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Procuradora diz que conselheiro afastado integrava organização criminosa

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Procuradora diz que conselheiro afastado integrava organização criminosa

O conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado, Antonio Joaquim, encaminhou carta aberta à imprensa deixando expressa revolta contra a notícia de parecer contrário ao recurso proposto por sua defesa, no processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e sob a relatoria do ministro Luiz Fux, proferido pela procuradora geral da República, Raquel Dodge.

Antônio Joaquim se revoltou com a declaração da procuradora que afirmou que o conselheiro afastado fazia parte de uma organização criminosa. “Seu infundado argumento tem como base a venda de uma fazenda de minha propriedade, em 2012, para o Sr. Wanderlei Torres, proprietário da empresa TRIMEC. Dodge afirma que o pagamento fora feito com dinheiro fruto de propina e que eu teria ciência do suposto fato”, explicou.

Por meio do documento público e post em sua página no Facebook, explicou que o negócio teria sido realizado mediante contrato de compra e venda, de forma lícita. “Afinal, o pagamento foi feito por meio de transação bancária – sob a observância do Banco Central – e devidamente incluído em minha declaração de imposto de renda à Receita Federal”.

Ele diz no documento que tem esperança “na capacidade de elucidação dos fatos pelo Ministério Público Federal (MPF)”, mas que a questão é tratada de forma leviana. “A afirmação da procuradora de que eu sabia que o Wanderlei da TRIMEC havia comprado a fazenda para ‘presentear’ o ex-governador do Estado, Silval Barbosa, se baseia em suposições. Porém, o pilar da verdade é construído sob a égide da existência de fatos concretos. Não é o caso. Desprovida de qualquer liame probatório, as afirmações soam como meras tentativas de adivinhação”, diz em nota encaminhada à imprensa.

“Portanto, da mesma forma que o então procurador geral da República, Rodrigo Janot, e seu braço direito, à época subprocuradora geral, Raquel Dodge, não podem ser condenados pelo fato do ex-procurador, Marcelo Miller, ter trabalhado para os empresários Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, no episódio do exitoso acordo de delação premiada firmado com a própria PGR, é que não posso ser punido por atos que não me dizem respeito. Na época da venda, jamais poderia imaginar a existência da relação espúria entre Wanderley e Silval, quiçá adivinhar que o dinheiro utilizado para o pagamento seria fruto de suposta propina. Sobretudo, é preciso enfatizar que jamais tratei de negócios com o ex-governador. As tratativas foram com o proprietário da TRIMEC, empresa consolidada no mercado e que até hoje presta serviços para o Governo de Mato Grosso”, encerra.

 

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