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Procurado pela PF, Fabris promete se apresentar ainda hoje

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Procurado pela PF, Fabris promete se apresentar ainda hoje

Ednilson Aguiar/O Livre

deputado estadual Gilmar Fabris

Deputado estadual Gilmar Fabris: ele prometeu se apresentar ainda nesta sexta-feira (15), na sede da PF em Cuiabá

 

A Polícia Federal informou agora há pouco (10h20) que realizou, nesta sexta-feira (15/9), novo mandado de busca e apreensão no apartamento do deputado estadual Gilmar Fabris (PSD), mas não o encontrou. Há um mandado de prisão contra o deputado, por suposta ocultação de provas.

O pedido de prisão foi feito pelo procurador-geral Rodrigo Janot ao ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao LIVRE, o deputado afirmou que saiu de casa às 05h30 da manhã de quinta-feira carregando uma pasta que, de acordo com ele, continha apenas documentos normais de seu trabalho diário como deputado. A PF e o procurador Rodrigo Janot teriam entendido que o deputado trabalhava para ocultar provas relacionadas ao caso.

Fabris ainda se encontra em sua fazenda, em Rondonópolis, e afirmou que irá se dirigir ainda hoje à sede da PF, em Cuiabá, para se entregar à Justiça.

A ação é parte da Operação Malebolge, deflagrada pela PF na manhã de ontem (14) por decisão de Luiz Fux. Fabris é apontado como um dos recebedores de propina no chamado “mensalinho” da Assembleia durante a gestão do ex-governador Silval da Cunha Barbosa (PMDB). Em sua delação premiada, o ex-governador afirma que os deputados estaduais recebiam R$ 600 mil anuais, em 12 parcelas de R$ 50 mil, para dar votos favoráveis a projetos do executivo estadual, além de não investigar membros do governo.

Os valores seriam desviados de obras do programa MT Integrado, lançado em 2013, que previa obras totalizando mais de R$ 1,5 bilhão em todo o Estado. Silval ajustou junto aos empresários responsáveis pelas obras que a cada medição realizada um valor em propina seria pago, com o objetivo de abastecer os pagamentos aos deputados.

Os pagamentos seriam feitos em prédios do governo e também na própria Assembleia. Ao todo, 11 deputados foram filmados pelo ex-chefe de gabinete de Silval, Sílvio Cézar Corrêa, recebendo maços de dinheiro – Fabris não está entre os que foram gravados. O ex-chefe de gabinete entregou, como prova em seu acordo de colaboração premiada, a relação completa daqueles que receberam o mensalinho.

Em nota divulgada por sua assessoria, o deputado afirma que “a legislação autoriza a prisão de parlamentares somente em caso de flagrante ou crime inafiançável, o que não se enquadra ao caso”.

Confira a íntegra da nota:

Com relação ao pedido de prisão autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, o deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) nega que tenha agido para destruir provas ou obstruir a Justiça.

O parlamentar estava desde ontem em Rondonópolis. Ao tomar conhecimento da ordem de prisão pegou a estrada em direção a sede da Polícia Federal em Cuiabá para se apresentar acompanhado dos seus advogados de defesa. 

A legislação autoriza a prisão de parlamentares somente em caso de flagrante ou crime inafiançável, o que não se enquadra ao caso e será questionado pela defesa. 

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