Conciliadores de conflito judicial estariam deixando seus postos no Tribunal de Justiça de Mato Grosso por causa da cobrança de mais audiências. O problema seria o número de 500 audiências que eles estão sendo cobrados a realizar por mês.
Fonte ouvida pelo Livre diz que cidades com 80 mil habitantes, onde havia quatro conciliadores, hoje apenas um está disponível para atender a demanda.
O Tribunal de Justiça diz que a cobrança é tanto para igualar o nível de produção dos conciliadores, que não possuem vínculo empregatício, com os funcionários do Judiciário, quanto para melhorar a posição de Mato Grosso nas audiências realizadas.
Em 2021, pelo ranking do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Mato Grosso ficou em penúltimo lugar dentre os Tribunais de Justiça dos 26 Estados e do Distrito Federal.
Ainda conforme o TJ, os conciliadores ganham R$ 144 por audiência, sem a necessidade de acordo fechado, e alcançaria o teto de remuneração em cinco dias ou 100 audiências. O TJ disse não ter informação sobre a saída de pessoas.
Os conciliadores são profissionais em graduação ou já graduados em direito, trabalham diretamente para o Judiciário, sem intermediação de empresas.
