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A primeira etapa de vacinação contra a febre aftosa termina na próxima quarta-feira (31) em Mato Grosso. Neste ano, as etapas de vacinação foram invertidas para atender a uma demanda do setor por causa da dificuldade de manejo do rebanho no chuvoso mês de novembro.
Nesta primeira etapa, que começou no dia 1º de maio, é obrigatória a imunização de todos os bovinos e bubalinos de todas as idades, com exceção para os animais de propriedades localizadas no baixo Pantanal. O Estado tem o maior rebanho do país, com 30,2 milhões de cabeças.
Até o dia 12 de junho, o produtor deve comunicar a imunização do rebanho nos escritórios do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea). Quem deixar de vacinar o rebanho dentro do período da campanha estará sujeito a pagar multa de uma 1 UPF (Unidade Padrão de Fiscal) por cabeça de gado não vacinado. Sem a comunicação, o produtor fica impedido de emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA) por um período mínimo de 30 dias.
Moratória do ‘boi fantasma’
Nesta etapa, os produtores poderão declarar o número efetivo de animais da propriedade, sem sofrer penalidade se houver divergência entre animais vivos e situação da propriedade rural. A anistia para este período está prevista na lei 10.486, que dispõe sobre a defesa sanitária animal em Mato Grosso.
Batizada de Campanha de Atualização de Estoque, a medida visa recontar o rebanho, sem sanções aos pecuaristas, e legalizar o gado não declarado. A campanha vai até 10 de junho. A medida visa combater o problema do boi fantasma, golpe usado tanto para a lavagem de dinheiro quanto por pequenos produtores que querem demonstrar maior renda para obter crédito bancário. Além da perda na arrecadação de impostos, a distorção traz riscos sanitários devido ao trânsito de animais não cadastrados.
Já na segunda etapa de vacinação contra a aftosa, que será realizada em novembro deste ano, os casos de divergência estarão sujetiso a multa de 1,50 UPF por bovino ou bubalino.
