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Preso por matar policial diz: “ele tentou tomar minha arma e eu disparei”

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Preso por matar policial diz: “ele tentou tomar minha arma e eu disparei”
Kelvison assumiu ter atirado no policial militar

Três pessoas foram presas pela morte do 3º sargento da reserva da Polícia Militar, Marino Soares, 62 anos – assassinado durante um assalto na manhã de sexta-feira (9). Kelvison Richer Silva de Oliveira, 23 anos, confessou ter atirado no policial depois que ele reagiu. O próprio Kelvison entregou os comparsas.

O assalto aconteceu por volta das 09h30, no Bairro Vila Rosa. Dois homens mataram o policial e fugiram levando a arma e o carro dele, um Ford Ecosport. A Polícia Militar iniciou a caça aos suspeitos imediatamente, tendo a informação de que um deles estava no carro da vítima e que o outro, sem camisa, pilotava uma Biz vermelha.

Ainda na sexta-feira, o carro do 3º sargento foi encontrado abandonado em uma região de chácara chamada Recanto das Seriemas. Os militares seguiram as buscas pela área e encontraram Kelvison dentro de uma casa, em uma estrada próximo ao local em que o carro estava.

Kelvison estava com uma camisa enrolada na mão esquerda tampando um ferimento que, segundo ele, foi causado durante o assalto, quando entrou em luta corporal com o policial. Ele assumiu ter participado do roubo e reconheceu ter sido o responsável pelos disparos que mataram o sargento Marino.

Em um vídeo divulgado pelo site O Bom da Notícia, Kelvison, dentro de uma viatura, contou como foi o assalto e afirmou que o sargento reagiu, entrou em luta corporal e correu atrás dele, tentando tomar sua arma. Por isso, teria sido morto. Em outro trecho do vídeo, ele afirma que não conhecia o sargento. Veja:

YouTube video

Outros dois envolvidos

Kelvison entregou o comparsa que estava com ele no momento do assalto: Uildes Júnior de Oliveira Passo, 21 anos, que segue foragido. Segundo a Polícia Militar, Uildes faz uso de tornozeleira, mas a quebrou. Ele responde processo por ter sido preso em flagrante, em outubro de 2017, com produtos roubados/furtados. Já Kelvison, em 2018, foi condenado a cinco anos e quatro meses de prisão por roubo, mas cumpria em regime semiaberto. Ele também responde por outros crimes.

A arma do crime e a que foi roubada do policial estariam, segundo o suspeito preso, com o comparsa foragido. Kelvison indicou locais nos quais  Uildes poderia estar, mas, até o momento, ele ainda não foi encontrado.

Kelvison foi preso na casa de um jovem chamado Mário Dias de Paes Júnior, 22 anos, que não estava no local naquela ocasião, mas que o teria ajudado após o crime. Ele teria fornecido roupas limpas para Kelvison, que chegou sangrando por causa do ferimento causado durante a briga com o policial morto.

Os policiais civis iniciaram buscas por Mário e o encontraram junto a Michael Douglas Ibiapino, 29 anos. Segundo a Polícia Judiciária Civil, os dois foram presos sob a acusação de recrutar Kelvison e Uildes para concretizar o crime. Eles vão responder por associação criminosa e latrocínio.

Na casa de Mário, foram encontrados uma camiseta ensanguentada e o pé direito de um chinelo cujo par estava no local do crime, próximo ao corpo do policial militar.

Antecedentes

A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (Derrfva) ficou responsável pela investigação do crime ocorrido na sexta-feira. Mas Mário e Michael já eram investigados por ela como autores intelectuais de um roubo ocorrido no dia 3 de março. O veículo Etios foi encontrado na quarta-feira (6) na casa de Michael, localizada no condomínio Chapada dos Sábias, no Bairro Jardim Imperial, em Cuiabá.

O segundo executor do crime, Uildes, também já teve a prisão preventiva representada pela Polícia Civil, mas segue foragido.

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