A Prefeitura de Cuiabá ainda não apresentou o grupo para receber de volta a administração da Secretaria de Saúde e da Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP). As nomeações deveriam ter sido feitas há alguns dias, mas, até o fim da tarde de ontem (27), ninguém havia se manifestado.
A informação foi divulgada pelo governador Mauro Mendes, no balanço dos 9 meses e meio de trabalho do gabinete de intervenção. Em tese, a transição administrativa está autorizada desde a homologação do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), na semana passada.
O documento prevê, além de um acordo para a manutenção dos serviços do gabinete, a constituição de uma equipe de monitoramento. Ela será composta pelos atuais interventores e trabalhará de dentro da Secretaria de Saúde e da Empresa Cuiabana de Saúde Pública. A sua função será fiscalizar os trabalhos a partir dos parâmetros do TAC. Os salários deles serão pagos pelo governo.
Ao comentar o assunto, o governador Mauro Mendes disse que serão fiscalizados os principais constitucionais de administração pública e acrescentou que a medida não seria necessária, incluindo a intervenção, se houvesse “seriedade e honestidade”.
“No português claro, a equipe de monitoramento é para evitar que aconteça uma nova merda. Eles vão pegar uma saúde em ordem, e a intervenção não teve nenhum dinheiro a mais para trabalhar, só foi o dinheiro previsto no orçamento deles [prefeitura]. Para onde esse dinheiro estava indo, se agora o gabinete fez o trabalho?”, afirmou.
O gabinete deve ficar instalado até amanhã (29). A partir de terça-feira (2), a administração e o controle do SUS (Sistema Único de Saúde) voltam para as mãos da prefeitura.
O que diz a prefeitura?
Em nota, a prefeitura diz que o pedido de transição foi apresentado pelo gabinete ontem. O gabinete seria o responsável pela formalização da trânsito.
“Apesar da surpresa da demora na manifestação, a prefeitura informa que já dispõe de uma equipe técnica avaliando preliminarmente a situação da saúde municipal”, afirmou.