O gabinete de intervenção na Saúde de Cuiabá diz que irá entregar a administração do SUS (Sistema Único de Saúde) com dinheiro novo em caixa e normalização das cirurgias e estoque de medicamentos.
Conforme a interventora Danielle Carmona, o gabinete incrementou R$ 71 milhões ao orçamento com a revisão de contratos e investimento extra do Ministério da Saúde.
“É dinheiro novo, cerca de R$ 41 milhões, do Ministério da Saúde e outras fontes, além da revisão de vários contratos. Esse dinheiro vai entrar a mais no orçamento de 2024”, disse.
O gabinete apresentou hoje (27) um balanço dos nove meses e meio da medida administração. A avaliação é que as exigências judicias foram cumpridas.
Nesse tempo, foram chamados 1,9 mil aprovados em concurso público. As efetivações equilibram a balança entre servidores temporários e permanentes. No início do ano eram 2.856 efetivos e 2.590 contratados. Agora são 4.256 é 1.833 respectivamente.
Segundo o gabinete, o aumento permitiu corrigir a falta de médicos em unidades de saúde nas redes de atenção básica e secundária. Também reduziu a dependência do SUS de empresas terceirizadas para cobrir plantões. Antes estava em 80% e passou para 26%.
A fila de espera por cirurgias e procedimentos foi encolhida em 79,50%. Haviam 111.270 pacientes à espera de atendimento desde 2014. Depois de atualização de cadastro e retomada dos serviços, o número caiu para 222.750.
Ainda conforme o gabinete, o estoque de medicamentos foi regularizado. Foram descartados 70 toneladas de produtos vencidos e cadastrados milhares que não estavam no sistema do CDMIC (Centro de Distribuição de Medicamento e Insumos de Cuiabá).
“No último descarte, mais de 1 milhão de comprimentos de paracetamol foram jogados foram. Mas, também foi preciso descartar dicionário e outros remédios básicos que pacientes estavam esperando”, afirmou Danielle.
Mais de 40% de medicamentos exigidos pelo Ministério da Saúde estavam em falta no início do ano. A intervenção disse que encerrará a medida com estoque para 60 dias.