PJC
Suspeitos de execução do prefeito de Colniza já foram presos pela Polícia
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso pediu nesta terça-feira (23) o afastamento do vereador do município de Colniza, Clínio Tomazi. Segundo o MP, Tomazi pode ter ligação com o assassinato do prefeito Esvandir Antônio Mendes. O vereador teria se irritado com alguns cortes de regalias feitos pelo prefeito.
Tomazi foi afastado por supostas irregularidades em um contrato emergencial firmado com a Prefeitura Municipal para prestação de serviços de maquinário, no valor global de R$ 324 mil. A empresa vencedora do pregão do contrato, Maycon F. Requena Peças ME, subcontratou a Tomazy Terraplenagem Ltda ME, que tem em seu quadro societário a esposa do vereador Clínio Tomazi, Vera Lúcia Dias Tomazi. O negócio foi feito sem previsão legal, de acordo com a denúncia.
Os contratos, conforme o MPE, eram realizados de forma que a empresa contratada retivesse o montante de 5% sobre o valor pago pela Prefeitura, ficando o restante com a empresa de propriedade da esposa do vereador.
Entre os cortes às regalias encabeçados por Esvandir estava justamente o fim da prestação de serviços das máquinas. O prefeito também demitiu parentes de vereadores que exerciam funções em alguns órgãos públicos da cidade.
Na ação, o MPE também destaca que há indícios de que o assassinato do vereador Élpido da Silva Meira também teria sido uma forma de silenciar o adversário. Os promotores responsáveis pelo caso alegam que há indícios de que Meira preparava denúncia à Promotoria de Justiça e à Câmara Municipal de Colniza sobre a prestação de serviços de horas-máquina à Prefeitura, envolvendo o vereador Clínio Tomazi e o empresário Maycon Furlam Requena, dono da empresa vencedora do pregão.
A Promotoria de Justiça também obteve relatos no anonimato de que Clínio Tomazi é conhecido como “pombo-correio” do Presidente da Câmara, Sargento Rodolfo, uma vez que costumava mandar recados para o então Prefeito de Colniza, Esvandir Antonio Mendes. Em uma das mensagens enviadas, o ex-prefeito foi orientado a renunciar ao cargo: “é para você renunciar, que é melhor para você, que se você não renunciar, não vai ficar bom para o teu lado”.
Afastamento
Para o Ministério Público, o afastamento do cargo do vereador Clínio Tomazi é essencial para evitar a interferência de seus interesses pessoais junto ao município, uma vez que o conteúdo probatório depende diretamente de informações a serem obtidas da repertição pública.
“A influência do Vereador Clínio Tomazi na Administração Municipal é notória, tanto que em menos de um mês após a morte do ex-Prefeito Esvandir, foi nomeado o seu filho Matheus Dias Tomazi, para exercer o cargo de coordenador de Departamento, conforme Portaria n. 30/GP/2018, datado de 08 de janeiro de 2018”, diz a ação do MPE.
Com assessoria