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“Precisamos de união dos poderes”, diz Jayme sobre briga entre governador e conselheiro

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“Precisamos de união dos poderes”, diz Jayme sobre briga entre governador e conselheiro

Ednilson Aguiar/O Livre

Jaime Campos

 

Na avaliação do secretário de Assuntos Estratégicos de Várzea Grande, Jayme Campos (DEM), o bate-boca público protagonizado pelo governador Pedro Taques (PSDB) e pelo presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antonio Joaquim, precisa ser superado. Jayme afirma que a discussão não pode atingir as instituições que ambos representam.

“A briga é perniciosa para o Estado nesse momento”, afirmou. “Eu acho que não é bom para ninguém. O que precisamos é de união dos Poderes”, opinou.

Ele observou que pode ter havido excessos e que é preciso recuar. “Eventualmente, em função dos ânimos acirrados, podem sair palavras e adjetivos que não são ideais dentro da democracia. Mas tudo isso é reparado porque todo mundo tem que ter o bom senso e a humildade para recuar em função de alguma fala mal colocada”, disse.

Jayme defendeu a necessidade de haver respeito no exercício da política. “Isso é coisa de momento. Acho que são pessoas maduras o suficiente para buscar uma conciliação de forma transparente e respeitosa. Em política, é importante o respeito em mão dupla. E eu imagino que, tanto por parte do governador Pedro Taques quando do presidente Antonio Joaquim, há esse respeito”, disse.

Ele cita Várzea Grande, cidade governada por sua mulher, Lucimar Campos (DEM), para exemplificar como deve funcionar a união na política. “Aqui, os 21 vereadores apoiam a prefeita Lucimar porque temos mantido boa interface, boa comunicação. Eles têm visto o esforço que a prefeita tem feito em prol da sociedade.”

Bate-boca
O estopim da briga entre Pedro Taques e Antonio Joaquim foi no dia 24 de abril, quando o TCE anunciou que entraria com uma ação para obrigar a Secretaria de Fazenda (Sefaz) de Mato Grosso a liberar dados sobre empresas exportadoras. O objetivo do tribunal é fazer uma auditoria na receita do Estado. A pasta se recusou a passar as informações, sob o argumento de que são protegidas por sigilo fiscal.

Horas depois do anúncio do processo, Taques enviou, por meio do WhatsApp, uma nota acusando Antônio Joaquim de usar o tribunal com interesses eleitorais. O governador disse que Antonio Joaquim queria acesso aos dados fiscais para “prospectar CPFs” e encontrar potenciais doadores de campanha. “Agora, [o TCE] se permite servir de trampolim (ou seria puleiro ?) eleitoral para o seu presidente, auto-declarado candidato, chamar para si holofotes em ações politiqueiras, midiáticas e desprovidas de valor real”, escreveu. 

Em resposta, o conselheiro emitiu nota à imprensa pedindo respeito a Taques. “Sua arrogância não me assusta”, rebateu. “O Sr. Governador precisa ter a humildade para entender que não é dono do Estado e não pode e nem deve querer ficar definindo a agenda das outras instituições. Ele precisa respeitar os outros Poderes e órgãos independentes”, acrescentou o presidente do TCE.

Antonio Joaquim já anunciou publicamente que pretende deixar o cargo para retomar a carreira política. Ele é cotado, entre outros cargos, para concorrer a governador em 2018. Desse modo, seria um concorrente à possível candidatura a reeleição de Taques. 

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