Estamos abarrotados de informações que por vezes nos tomam a totalidade de nossa atenção, informações ligadas a eventos externos ou locais do cotidiano de nossa rotina pessoal.

Com esta tempestade de estímulos, chegamos a encontrar dificuldades no ordenamento de prioridade mental, no entanto, a vida segue a passos largos em nossa volta. Sentimentos como a ansiedade e a frustração, causada pela pseudo retomada da rotina, nos dão a sensação de perda de tempo e espaço e logo vem a nossa cabeça a pergunta: O que eu fiz nesses dois anos que passaram e o que vou fazer daqui em diante? Se você por algum momento se encontrou neste dilema, não se assuste, pois você não está sozinho. Mas precisamos entender esta fase de forma a retomarmos nossas vidas, frente aos grandes acontecimentos que nos estimulam diariamente.

Iniciamos esta análise do ponto de vista singular, para termos a sensação e a certeza do impacto que os conflitos atuais estão nos afetando e perceber isso é um fator preponderante para começarmos a avaliar os caminhos a seguir.

O ano de 2022 é um ano atípico, temos um processo eleitoral e a Copa do Mundo, que ocorrerão em meio a uma crise inflacionária e prestes a uma crise econômica sentida par e passo dia após dia, desde o posto de gasolina ao supermercado. Como vemos, as perspectivas não são tão claras como precisamos, estamos vendo um país polarizado e dicotomizado em busca de sua própria verdade e se já não faltassem incertezas e medos, ainda estamos lidando com uma “pós” pandemia e com os noticiários nos informando dia a dia mais uma possibilidade de sermos atacados com uma nova doença altamente contagiosa.

Neste turbilhão, podemos não saber a solução para resolvermos tudo isso, mas uma coisa é fato, algo precisamos fazer e como todo ser humano o fator preponderante é a manutenção das necessidades básicas de sobrevivência, primeiramente sanitária e posteriormente econômica, buscar caminhos para gerar renda, investindo no fomento à circulação de bens e serviços e gerar emprego. Sair da crise é a meta de todo brasileiro neste ano tão inconclusivo, mas estamos presos a dúvidas cruéis, entre as quais, se tiramos a máscara ou não, se investimos ou poupamos, se exploramos ou cooperamos, mas uma coisa é fato, se há alguém perdendo, haverá alguém ganhando, com base nas teorias de equilíbrio universal, a grande pergunta é saber quem!

A Economia é uma ciência social, que por sua vez, avalia as diversas ciências que envolve o pensamento e o comportamento humano e suas relações produtivas, com o meio em que vivemos, tais movimentações refletem a vontade e a perspectiva da sociedade em torno de externalidades significativas, com base em sua cultura local, perspectiva social, renda e força de trabalho, sendo esta presente ou ociosa, bem como avalia as condições de despertar a novas formas de gerar condições de auferir ganhos, sejam eles em vantagens de permuta ou em espécie monetária, com a finalidade única de auferir meios de sobrevivência.

Sua origem vem do grego “OIKOS” casa, e portanto é mais simples do que pensamos, nossa sensação de necessidade gera nossa vontade de obter, bens e serviços que consequentemente gera no mercado um espaço a lhe atender, de forma que a multiplicação desta sensação gera em forma macro as relações sociais e econômicas que precisamos para fazer esta grande máquina chamado Mundo continuar existindo.

Às vezes de forma mais técnica setorial, às vezes mais ampla e global, no entanto sempre acompanhada de interrelação social. E neste ambiente cheio de incerteza, que achamos um terreno fértil para avaliarmos e conjecturarmos sobre milhares de possibilidades, sensações e ações em busca da mesma quantidade de soluções, que acabarão refletindo em movimentos contrários ou não, porém complementares à manutenção do ciclo econômico, esse é o caminho a percorrer.

Todo esse mecanismo tomou um grande golpe nos últimos dois anos, mas chegou a hora de reagirmos e sabermos que cada passo, em busca de condições de sobrevivência, gerará a mesma intensidade na comunidade e no meio que ela se dará, fazendo com que nossa ociosidade braçal, intelectual e emocional, aos poucos se equilibre e voltemos a ser aquela grande massa de relação social e econômica em busca da prosperidade.

Pode parecer redundante ou emocional, mas é a realidade crua que se vê a simplicidade de se viver de forma produtiva em busca de saúde mental, equilíbrio financeiro e inter-relação econômica, vamos em frente que o MUNDO NÃO PARA.

Eroaldo de Oliveira, é economista e conselheiro do Conselho Regional de Economia e atua como C.E.O da Unimed Cuiabá.

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