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Por que turistas foram recebidos à “bala” no CPX da Maré?

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Por que turistas foram recebidos à “bala” no CPX da Maré?
Foto: Reprodução TV Globo

O recente e infeliz episódio dos dois turistas italianos baleados no Rio de Janeiro nos faz refletir acerca das andanças do ex-presidente Luiz Inácio da Silva no Complexo do Alemão.

Os dois rapazes, que estavam acompanhados de outros três amigos da mesma nacionalidade, quase tiveram suas vidas ceifadas por um erro de percurso do motorista. Ao saírem de uma festa, decidiram ir a uma franquia do McDonald’s para um lanche pós-festa, todavia, acabaram se perdendo e entrando no Complexo da Maré, onde foram recebidos com tiros pelos traficantes. Graças a Deus, ambos passam bem, sem riscos à vida.

Muito se falou em relação às imagens do Lula no Complexo do Alemão, principalmente pelo uso do boné vermelho com as letras ‘CPX’ estampadas. De fato, elas representam a palavra ‘complexo’, mas não é só isso, pois a sigla faz referência ao termo “cumpinxa” (companheiro, parceiro), sendo uma gíria também utilizada pelo crime organizado.

Infelizmente, muitos veículos de imprensa nacional, por motivos ideológicos, insistiram em dizer que o termo não tem relação com o Comando Vermelho ou com o narcotráfico, contudo, a defesa da isenção do termo não se sustenta.

Seria leviano afirmar categoricamente que Lula tenha relação com o Comando Vermelho por usar um boné com a sigla CPX, mas o termo de fato tem duplo significado e causou prejuízos à campanha do petista.

Por outro lado, o ocorrido com os turistas italianos alvejados evidencia que ninguém consegue ingressar nos CPXs do Rio sem autorização dos líderes das facções. A questão que fica é a seguinte: Quem autorizou a entrada e a passeata do Lula pelas ruas e vielas do Alemão?

Se jovens são recebidos a tiros por um mero erro de percurso, então Lula e sua equipe, por lógica, pediram autorização para fazer a campanha por lá. Se caso não pediram, exigiram. Ou foi o aliado de Lula, Eduardo Paes, que pavimentou o caminho até o CPX do Alemão? Independente de posições ideológicas ou opiniões sobre o caso em tela, é fundamental nos atermos aos fatos; negá-los desesperadamente, como fez o PT e parte da mídia militante, é no mínimo suspeito.

Finalizo lembrando que os fatos narrados neste artigo são públicos e comprovados e se tornaram assunto quase que proibido pelo TSE. Em contrapartida, a turma da campanha lulista continua chamando Bolsonaro e seus apoiadores de milicianos sem qualquer tipo de provas ou investigação. Ao que parece, um lado pode falar o que quiser mesmo sem indícios; e o outro lado deve se calar com as provas na mão. Esse é só um dos pontos de desequilíbrio na disputa eleitoral, uma verdadeira afronta à democracia brasileira e à liberdade de expressão, afinal, opiniões não podem ser censuradas, muito menos ainda os fatos e a própria realidade.

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