Consumo

Por que o preço do arroz voltou a subir nos supermercados?

Pacote de 5kg ultrapassou R$ 35 nas últimas semanas, e a mudança tem a ver com a quantidade menor na produção dos exportadores

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Por que o preço do arroz voltou a subir nos supermercados?
(Foto: Ednilson Aguiar / arquivo / O Livre)

O preço do arroz voltou a subir nas prateleiras dos supermercados. O pacote de 5 kg tipo 1, que estava abaixo dos R$ 30 no começo do ano, agora chega a R$ 35. O tipo 2, que não passava dos R$ 25, varia entre esse valor e R$ 30. 

Os preços aumentaram nas duas últimas semanas, com um intervalo da alta registrada no fim do ano passado. O motivo está relacionado à produção menor do cereal nos países com maior exportação, e o que está disponível faria parte das sacas mais caras. 

“A saca do arroz para fabricante passou de R$ 120 para R$ 200 e o preço automaticamente também aumentou para o consumidor. Os produtos que estão mais caros podem ser desses lotes, mas já vemos uma curva de redução dos preços”, disse Lázaro Modesto, membro do Sindicato da Indústria de Arroz de Mato Grosso (Sindarroz-MT). 

O empresário diz que a produção da Índia, a grande exportadora de arroz, caiu 20% na última safra. A colheita menor reduziu a quantidade de mercadoria no mundo. Em Mato Grosso, também houve uma quebra na produção, o que também ajudou na mudança dos preços. 

O arroz, alimento básico da alimentação, tem passado por alta desde 2022. De novembro de 2022 a novembro de 2023, os preços subiram 27% em média, conforme o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). 

O Sindarroz diz que a queda já é percebida no preço da saca, que está voltando para o patamar de R$ 120. As influências também são externas e internas. Em Mato Grosso, se aproxima a colheita da safra atual, a partir de abril, com estimativa de 400 mil toneladas. 

Os importadores brasileiros teriam conseguido acesso aos mercados do Paraguai e da Tailândia. As compras devem normalizar a disponibilidade do cereal no mercado e reduzir os preços para o consumidor. 

“Não dá para cravar em quanto vai ficar o pacote, mas acreditamos irá chegar aos patamares anteriores entre R$ 25 e R$ 30 [para o tipo 1], e abaixo de R$ 25 [para o tipo 2]”, afirmou Modesto. 

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