O ex-ministro da Secretaria de Governo do presidente Michel Temer (PMDB), Geddel Vieira Lima (PMDB), foi preso preventivamente na tarde desta segunda-feira (3) pela Polícia Federal. A prisão aconteceu na Bahia e faz parte da Operação Cui Bono, que apura irregularidades na liberação de recursos da Caixa Econômica Federal, banco estatal do qual Geddel ocupou o cargo de vice-presidente de pessoa jurídica.
Conforme o Ministério Público Federal, o ex-ministro, juntamente com o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB) facilitaram a liberação de, ao menos, R$ 1,2 bilhão para empresas, em troca de propina. Geddel é acusado de obstruir da justiça, por tentar evitar que Cunha e Lúcio Funaro, corretor, firmassem acordo de delação premiada, de acordo com o MPF.
Além da prisão preventiva, a Justiça determinou a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telemático (que permite o acesso a ligações efetuadas, mensagens e e mails).
A investigação teve origem com base em conversas armazenadas no antigo celular de Cunha, apreendido pela PF em 2015. O caso tramitava no Supremo Tribunal Federal (STF) e, após Geddel perder o cargo de ministro, foi direcionado para a primeira instância. O mandado de prisão foi expedido pelo juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal.