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Plástica para Todos acusa SBCP de tentar “reservar mercado”

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Plástica para Todos acusa SBCP de tentar “reservar mercado”
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

O projeto Plástica Para Todos emitiu uma nota se defendendo de declarações feitas pelo presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica em Mato Grosso, Joubert Sanches. A empresa disse repudiar as declarações do médico, que chamou o programa de “repulsivo”.

O caso teve início depois que Daniele Ferreira Lima, de 33 anos, faleceu após complicações na cirurgia de lipoaspiração e redução de mama feitas pelo programa.

A Delegacia Especializada em Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) abriu um inquérito para apurar a morte da jovem.  Casada e mãe de uma garotinha, Edleia teve a morte cerebral confirmada no fim da tarde desse Dia das Mães. Ela iria fazer uma “lipoescultura” e redução dos seios. A cirurgia foi realizada na sexta-feira (11).

A Plástica Para Todos disse lamentar “que num momento tão sensível, o presidente da entidade, que enquanto cirurgião plástico deveria mostrar-se mais comedido, utilize-se do momento e da fatalidade ocorrida, para menosprezar a própria vontade dos pacientes, que optam por realizar procedimentos, que vão muito além da estética, por preços mais acessíveis”.

Joubert Sanches afirmou que a SBCP condena projetos como o Plástica Para Todos por promoverem a “mercantilização da medicina”, travestido de “programa social”. A empresa cobrou uma atitude mais comedida do presidente da associação. Novas cirurgias devem continuar ocorrendo, de acordo com o Plástica Para Todos.

Veja a nota completa:

A EMPRESA PLÁSTICA PRA TODOS, que em pouco mais de 02 (dois) anos, já se encontra estabelecida em vários Estados brasileiros, com milhares de cirurgias plásticas intermediadas em todo o país, vem a público REPUDIAR as declarações que vem sendo prestadas pelo Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica em Mato Grosso, Dr. Joubert Sanches.

Ao contrário do que afirma o Presidente da Sociedade, de que a empresa busca em ato de desespero associar sua imagem à SBCP, o que na verdade ocorre é o inverso, na medida em que o desespero se evidencia justamente nas infelizes declarações do Presidente, eis que o Programa Plástica Pra Todos, alcançou expressivo volume de cirurgias plásticas realizadas no estado mato-grossense, porém, em pacientes, que não teriam a oportunidade de fazê-las, não fosse o programa.

A empresa lamenta que num momento tão sensível, o Presidente da entidade, que enquanto cirurgião plástico deveria mostrar-se mais comedido, utilize-se do momento e da fatalidade ocorrida, para menosprezar a própria vontade dos pacientes, que optam por realizar procedimentos, que vão muito além da estética, por preços mais acessíveis. 

Ademais, repudiamos qualquer relação de causa e consequência, feita pelo Presidente entre o procedimento cirúrgico realizado e sua evolução, com as condições comerciais e o regime jurídico da empresa Plástica Pra Todos, como claramente, vem sendo feito pelo Presidente. A apuração do caso em si, deverá limitar-se a constatação se o ocorrido se encaixa ou não em negligência, imprudência ou imperícia médica, e a esse respeito não cabe à SBCP, mas às autoridades competentes. Ocorre que ao constatar a regularidade dos profissionais e as evidências de regularidade dos procedimentos cirúrgicos realizados, a empresa passou a ser atacada covardemente pelo citado Presidente, estando evidente em suas declarações, a reserva de mercado.

Ora, fatalidades e resultados adversos, infelizmente acontecem com quaisquer médicos em procedimentos cirúrgicos, independentemente do valor cobrado. Aliás, basta uma simples consulta nos registros do CRM, na internet e outros meios, para verificarmos que o resultado indesejado em cirurgias plásticas, é um problema na vida de médicos que atendem pacientes de qualquer nível social, mas o Presidente é recorrente na forma agressiva de tratar seus colegas de profissão, já que os vê exclusivamente enquanto concorrentes.

Logo, externamos também nossa indignação na afronta da dignidade dos médicos do Programa Plástica Pra Todos, que foram acusados pelo Presidente de realizarem um desserviço à medicina.

Desserviço faz quem à frente de uma entidade de classe, tão importante como a SBCP, não desenvolve políticas para promover a universalização das cirurgias plásticas no país, que não devem ficar restritas ao público “A e B”, já que pelo Programa, quase 90% das cirurgias, ocorrem em pacientes da Classe “C e D”, mas também somos procurados por um baixo percentual de pacientes mais favorecidos financeiramente, sendo esta a causa da revolta de alguns médicos.

Logo, ao contrário da postura sensata e comedida, de todas as demais instituições que acompanham o caso, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, vem sendo utilizada pelo seu representante, para denegrir a imagem dos médicos aderentes ao programa e, da própria empresa Plástica Pra Todos. E mais, de maneira velada, porém evidente, se insurge contra a universalização da saúde e do tratamento estético no país, o que também deve ser objeto de repressão das autoridades e da sociedade em geral.

Na oportunidade, reafirmamos que a Empresa Plástica Pra Todos, manterá suas atividades na capital mato-grossense, inclusive com cirurgias agendadas para a próxima semana no Hospital Militar, que há muitos e muitos anos, realiza cirurgias em sua unidade, inclusive para cirurgiões membros da SBCP, encontrando-se absolutamente dentro das normas técnicas para sua atuação, sem prejuízo de outros hospitais que assim como em outros Estados, também devam aderia ao Programa.

Esclarecemos ainda que os valores cobrados pelo Programa Plástica Pra Todos, jamais podem ser considerados aviltados, são suficientes para bem remunerar todos os envolvidos nos procedimentos, obviamente que com menor margem de lucros.

Plástica Pra Todos!

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