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PF cumpre mandado em MT em operação contra suspeito de ser o “maior devastador da Amazônia”

Operação Retomada cumpre mandados contra homem e familiares suspeitos de invadir mais de 20 mil hectares de Floresta Amazônica

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PF cumpre mandado em MT em operação contra suspeito de ser o “maior devastador da Amazônia”
(Foto: Polícia Federal)

A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (3) a Operação Retomada, com o objetivo de investigar um suposto esquema de invasão de terras da União e desmatamento para criação de gado na Floresta Amazônica. A PF cumpre 3 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal, em Sinop (500 km de Cuiabá) e Novo Progresso, no Pará.

As investigações tiveram início após a identificação, pela PF de Santarém, do Pará, do desmatamento de quase 6 mil hectares na região do município de Novo Progresso. O inquérito policial aponta que o grupo criminoso realizaria o cadastro fraudulento junto ao Cadastro Ambiental Rural de áreas próximas as suas em nome de terceiros, principalmente de parentes.

Em seguida, desmatariam tais áreas e as destinariam para criação de gado. Assim, os verdadeiros responsáveis pela exploração das atividades se sentiriam protegidos contra eventuais processos criminais ou administrativos, os quais seriam direcionados aos participantes sem patrimônio.

Até o momento, o inquérito policial identificou que o suspeito e seu grupo teriam se apossado de mais de 21 mil hectares de terras da União. Além disso, já foram constatados o desmatamento de mais de 6.500 hectares de floresta, o equivalente a quase 4 Ilhas de Fernando de Noronha (PE).

(Foto: PF)

A PF afirma que os indícios apontam para que um único autor seja o responsável por toda a destruição ambiental, o que faria dele “o maior devastador do biôma amazônico” já investigado. Ainda conforme a PF, os danos ambientais são agravados pela ocupação de áreas circundantes a terras indígenas e unidades de conservação.

O suspeito, que seria líder do grupo, já recebeu 11 autuações e 6 embargos do IBAMA por irregularidades, e perícias da PF indicam a existência de danos ambientais ocasionados por suas atividades também na Terra Indígena Baú.

Além da expedição dos mandados, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 116 milhões, valor mínimo estimado dos recursos florestais extraídos e de recuperação da área atingida, e o sequestro de veículos, de 16 fazendas e imóveis e da indisponibilidade de 10 mil cabeças de gado. As investigações seguem em andamento.

(Com Assessoria)

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