Uma equipe do Laboratório de Biotecnologia e Ecologia Microbiana (Labem) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) anunciou a descoberta de uma nova espécie de fungo com alto potencial para uso em remediação de solos contaminados por mercúrio no Pantanal. A espécie foi nomeada como Pseudomonodictys Pantanalensis em homenagem à região onde foi descoberta.
Jaqueline Senabio, doutoranda do Programa de Pós-Gradução em Rede em Biotecnologia e Biodiversidade (PPGBB) da UFMT, estava realizando uma pesquisa sobre os mecanismos utilizados pelos fungos para resistir ao mercúrio e remediar o solo contaminado com este metal pesado quando descobriu a nova espécie.
O fungo recém-descoberto demonstrou alta resistência ao mercúrio, o que o torna uma ferramenta promissora para a remediação de solos contaminados em áreas de garimpo artesanal. A contaminação por mercúrio é um problema significativo em muitas regiões do Brasil, especialmente na Amazônia e no Pantanal, onde a extração ilegal de ouro é comum.
A remediação de solos contaminados por mercúrio pode ser um processo desafiador, e o uso de fungos que apresentam resistência a esse metal pesado pode ser uma solução eficaz.
A descoberta da nova espécie de fungo pelo Labem pode ser uma importante contribuição para a ciência e para o desenvolvimento de novas tecnologias de remediação de solos.
A descoberta da Pseudomonodictys Pantanalensis também destaca a importância da pesquisa em ecologia microbiana e biotecnologia para o desenvolvimento sustentável de áreas impactadas pela atividade humana.
A UFMT e o Labem são referências nacionais em pesquisa nessas áreas e têm contribuído significativamente para a compreensão e conservação da biodiversidade brasileira.
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