Diante da crise de combustível na cidade, os cuiabanos estão optando por comer sem sair de casa. As pizzarias, estabelecimentos mais adeptos ao serviço, registraram aumento nos pedidos delivery, o que, no entanto, não mantém a mesma margem de lucro.

Além do aumento no preço do combustível que mantém as entregas, o desabastecimento de alimentos perecíveis está dificultando a manutenção da diversidade do cardápio, que também pode sofrer com aumento de preço – caso o movimento nos estabelecimentos fixos não se normalize e os ingredientes continuem “salgados”.

É o que relata a proprietária da Pizza Hit, Karina Evangelista Albuquerque. “Estamos trabalhando normalmente nas entregas, o que mais afetou foi o movimento da mesa. As pessoas estão pedindo mais no delivery, preferem ficar mais em casa com a aumento do preço do combustível”.

O sócio proprietário da pizzaria Gato Mia, Ziad Fares, concorda. Ele conta que a demanda pela entrega ficou páreo ao movimento no estabelecimento no último fim de semana e a manutenção do serviço, diante do aumento no número de pedidos, só é possível devido ao grande número de motoboys.

“Ainda não sentimos impacto diretamente na entrega, porque o veículo que utilizamos, a moto, tem economicidade e os postos estão voltando a funcionar” explica.

O estoque de alimentos perecíveis, no entanto, principalmente os queijos, hortifrútis e ingredientes importados, atendem a diversidade do cardápio e mantém os preços inalteráveis até daqui há cerca de 15 dias.

“Tem pizzas que já não estamos conseguindo fazer, porque utilizamos produtos frescos. Ingredientes como rúcula, alface, muçarela de búfala e o tomate, matéria prima do molho, triplicou o valor e não temos como estocar”, ressalta.

A proprietária da Nossa Pizza também está preocupada com desabastecimento de ingredientes. Segundo ela, o estoque do restaurante deve atender a demanda do restaurante somente até quarta-feira (30).

“Por enquanto estamos atendendo normalmente. Os funcionários nós damos um jeito de buscar, eles vêm de uber, mas estamos com um estoque suficiente para atender a demanda até quarta-feira”, confirma Leila.

Procurado pelo LIVRE novamente nesta tarde, o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Mato Grosso, Fernando Medeiros, a grande maioria dos restaurantes ainda consegue comprar e absorver os preços dos hortifrútis, não os repassando para o cardápio.

A Abrasel, no entanto, pede que a população continue frequentando bares e restaurantes para fortalecer o comércio local.

“Não alteramos, porque não acho justo né? Nesse momento de crise a gente cede um pouquinho para ganhar em outro até o Brasil melhorar”, ressaltou Karina Albuquerque.

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