A Polícia Federal deflagrou hoje (28) a Operação Pelos Ares, com o objetivo reprimir o tráfico transnacional de entorpecentes, realizado primordialmente com a utilização de aeronaves na fronteira Brasil/Bolívia.
A ação visa desarticular a associação voltada ao tráfico internacional, com a prisão dos principais líderes e a sua descapitalização através da apreensão de bens obtidos com os lucros da atividade criminosa e utilizados na lavagem de dinheiro.
80 policiais cumprem nesta manhã 2 mandados de prisão preventiva e 22 mandados de busca e apreensão e ordem de sequestro de bens imóveis, móveis e valores, expedidos pela 5ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Mato Grosso.
Os mandados foram cumpridos em Tangará da Serra (1 de prisão e 6 de busca e apreensão), Campo Novo do Parecis (1 de prisão e 3 de busca e apreensão), Peixoto de Azevedo (1 de busca e apreensão), Sorriso (3 de busca e apreensão), Cuiabá (4 de busca e apreensão), Curitiba/PR (3 de busca e apreensão), Alvorada/RS (1 de busca e apreensão) e Conceição das Alagoas/MG (1 de busca e apreensão).
Segundo a Polícia Federal, foram apreendidos carros de luxo, armas, joias e diversos relógios, inclusive um Rolex.
As investigações tiveram início com a apreensão de 431 kg de cocaína em Denise (MT), além de uma aeronave, armas, munições, entre outros objetos. A partir dos levantamentos realizados Polícia Federal, ficou constatado que a aeronave apreendida foi adquirida por um grupo de traficantes para trazer o entorpecente ao território nacional (na fronteira Brasil/Bolívia em Mato Grosso) e posteriormente enviar o material ilícito para a região litorânea do país e depois ao exterior.
Segundo a Polícia Federal, durante as investigações, ficaram evidenciadas vultuosas movimentações financeiras incompatíveis com a capacidade econômica declarada dos principais líderes do esquema criminoso, que se utilizam de laranjas no intuito de dar aparência lícita aos bens provenientes do tráfico de drogas. A Justiça autorizou, dentre as medidas, o sequestro de cerca de R$ 40 milhões dos investigados.
A Operação teve apoio da 22º CIAPM de Força Tática do 7º Comando Regional da PMMT e do GEFRON/PMMT.
(Com Assessoria)