Ednilson Aguiar/O Livre
A ONG Moral vai protocolar, na tarde desta terça-feira (6), “pedido de providências” com relação aos valores pagos pelo governo do Estado de Mato Grosso às empresas que pertencem a pessoas citadas na Operação Bereré, que investigou esquema de desvio de verbas estruturado em cima da venda de lacres de placas de automóveis no Detran.
De acordo com os organizadores do movimento, é um “contrassenso” que a Justiça determine o bloqueio de até R$ 27 milhões dos envolvidos e o Estado, ao mesmo tempo, mantenha pagamentos a empresas de propriedade dos envolvidos. “Não é minimamente eficiente e tão pouco justificável que o Estado fique como cachorro que corre através do próprio rabo”, diz nota da ONG enviada à redação.
Duas das empresas que foram citadas na operação, a Nhambiquaras Ltda e a Integração Transportes Ltda, pertencem à família do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (PSB). Está marcada para 16h o ato no protocolo.
A operação visa ao combate de uma suposta organização criminosa que montou esquemas de desvio de recursos no Detran-MT durante o período em que Teodoro Lopes era presidente da autarquia. Teodoro, o Doia, delatou o suposto esquema que envolvia o superfaturamento na compra de lacres para placas no órgão que, posteriormente, eram redistribuídos entre agentes do esquema.
