A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso organiza uma campanha de doações financeiras para que as pessoas possam contribuir com mais de 900 mil pessoas que vivem em situação de extrema miséria depois de atingidas pelo ciclone Idai, que passou por Moçambique, em março. Para participar da “Moçambique Vive”, basta depositar qualquer valor em uma conta bancária que foi aberta para somar à causa.
Todas as informações sobre como doar e a respeito da situação moçambicana podem ser acessadas no hotsite, criado especificamente para a campanha que foi lançada na sexta-feira (26).
Provocada pela organização não governamental Grupo de Mulheres de Partilha de Ideias de Sofala em Moçambique (GMPIS), a vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MT, Elizabeth Flores, que viveu por três meses em Moçambique em 2018, despertou sobre a necessidade de realizar algo em prol das famílias atingidas pelo ciclone, tendo em vista a situação de miséria que conheceu pessoalmente no país.
“A realidade lá é muito triste, principalmente para mulheres e crianças, de total miséria. Em uma das comunidades que a gente acompanhou durante dois meses, com cerca de 800 pessoas, após a passagem do ciclone, morreram todos e não restou absolutamente nada”, exemplificou a advogada.
O presidente da OAB-MT, Leonardo Campos, no lançamento da campanha, concomitante com a abertura da sessão do Conselho Seccional do mês, informou que a ação inicia no Estado, mas deve ser estendida aos demais da Federação, após consolidado apoio do Conselho Federal. “Essa deve se tornar uma campanha nacional”, acrescentou. Ele também destacou a disponibilidade da TV Centro América (TVCA), principal parceira da OAB-MT na campanha, em abraçar a causa. “Leve o nosso agradecimento a toda diretoria da TV”, disse.
Secretário-geral da OAB-MT, o advogado Flávio Ferreira esclareceu que a campanha da OAB-MT com a TVCA é totalmente voluntária. “A TV, que nos atendeu prontamente, não está cobrando um real para veicular essa campanha. Serão 30 dias de veiculação. Pedimos que toda a sociedade atenda ao pedido e divulgue quanto puder para que consigamos contribuir com o máximo possível. O Brasil tem uma dívida histórica com a África, que é anormal. Essa é uma pequena possibilidade de fazermos algo”.
(Da Assessoria)