Algumas pessoas me anteciparam e descreveram como seria sair da casa dos meus pais; outras tantas me disseram como seria o começo do casamento.

Foram informações preciosas, de fato. Só que, pelo o que eu pude verificar, nada substitui a experiência real.

Saber sob diversos ângulos como é uma determinada situação me ajudou a encará-la com mais tranquilidade, mas isso não tornou facultativo o desafio.

Será que só aprendemos levando choque com nosso próprio dedo na tomada?

Não sei. Sinceramente, eu não sei.

Houve possibilidades de erros em minha vida que eu não precisei cometer para aprender, porque eu tinha certeza de que não ia dar certo. Ao passo que certos aprendizados eu consegui a duras penas, colocando o “dedo na tomada” algumas vezes até de fato entender.

Só tenho certeza sobre uma questão: conselho que não foi pedido entra por um ouvido e sai pelo outro. Se alguém nem cogita estar errado sobre algo, nenhuma palavra pode convencê-la do contrário, somente a realidade ou talvez nem isso.

A frase “acreditar em si mesmo” nunca soou bem aos meus ouvidos. Depois da explicação de Chesterton em seu livro “Ortodoxia” eu entendi o porquê.

Ele responde a um homem que disse essa frase algo como: as pessoas que mais acreditam em si mesmas estão em manicômios. Porque num homem que acredita ser um frango ou um pedaço de vidro não há um pingo de dúvida sobre essa realidade.

Uma dose de dúvida é completamente saudável. Ainda mais sobre nós mesmos, de sentimentos e pensamentos tão voláteis.

 

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




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