Colunas & Blogs

O assunto é um tsunami na costa brasileira

2 minutos de leitura
O assunto é um tsunami na costa brasileira
(Foto: Reprodução)

Na noite de domingo (4), logo depois de um forte tremor ter sido registrado no Atlântico, a cerca de 740 Km de Fernando de Noronha, centenas de pessoas iniciaram uma discussão sobre os riscos de um tsunami atingir a costa brasileira.

Um especialista acalmou os ânimos e disse que esse evento não oferece risco para a população. Logicamente não.

Esse tema foi abordado por aqui e a dúvida sempre volta quando ocorre um tremor nas proximidades da costa brasileira.

É comum ocorrer eventos me menor, ou mesmo de mediana, intensidade e eu realmente não acredito que eventos possam gerar tsunamis por aqui. Essa é a boa notícia! Mas a pergunta é: estamos livre? E a resposta é, não.

Se vasculhamos na história, vamos ver relatos de tsunamis por aqui. Depois do terremoto de Lisboa, em 1755, tivemos um fenômeno relacionado ao mar que fez ao menos duas vítimas. Cartas foram enviadas à Coroa contando o ocorrido.

Acredito que a pergunta certa é “quando?” e não “se” isso vai se repetir.

Depois de uma breve palestra no hospital Albert Einstein, voltei a chamar a atenção para a necessidade de um estudo e sinalização de zonas seguras de tsunami. E isso para a costa brasileira.

Quando pensamos em tsunamis, pensamos logo em terremotos, mas eles podem ser causados por qualquer afundamento de terra ou erupção de vulcões, como a que se espera para a região das Ilhas Canárias, com o vulcão Cumbre Vieja.

O professor Bill McGuire, do Benfield Research Centre, do University College, de Londres, foi um dos primeiros a chamar a atenção para o caso de uma montanha com 2.426 metros de altura cair no Atlântico Norte. A estimativa são entre 10 e 100 anos.

Não é preciso pensar muito. Em 1755, um tremor de 7.5 graus gerou ondas que chegaram por aqui em menos de um dia.

Segundo especialista, em entrevista para o diário de notícias de Portugal, uma erupção do Cumbre Vieja – cujo risco não é iminente, mas que pode ocorrer dentro de 10 a 200 anos – poderá provocar o deslizamento dessa enorme massa rochosa.

Ao cair no mar, o gigantesco bloco provocará uma onda com 100 metros de altura, que atravessará o Atlântico a uma velocidade de 800 quilômetros por hora. As ondas atingiriam primeiro a costa ocidental da África e, cinco horas depois, a costa brasileira.

Fica a dica!

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes