Consumo

Número de devedores em MT diminui, mas ainda é maior do que em 2022

A faixa etária com o maior número de devedores no estado é de 30 a 39 anos

4 minutos de leitura
Número de devedores em MT diminui, mas ainda é maior do que em 2022
(Foto: Drazen Zigic / Freepik)

Segundo dados do Núcleo de Inteligência de Mercado da CDL Cuiabá, levantados junto ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), na passagem de março para abril, o número de devedores no Estado caiu ‐0,39%, o que representa aproximadamente 4.500 pessoas. Na região Centro‐Oeste, na mesma base de comparação, a variação da média foi de 0,18% e no nacional, a média ficou em 0,23%.

Apesar da queda registrada em Mato Grosso, quando comparado com o mesmo período de 2022, o número de inadimplentes continua acima (3,42%), o que representa praticamente 40.000 pessoas a mais com dívidas. Mesmo com esse número, o estado mato-grossense ficou abaixo da média da região Centro‐Oeste (4,41%) e abaixo da média nacional (8,08%).

Em relação a abertura por faixa etária, os dados mostram que o número de devedores com participação mais expressiva, em abril, foi o da faixa de 30 a 39 anos (26,23%), seguida pelas faixas de 40 a 49 anos (21,44%), 50 a 64 anos (18,76%), 25 a 29 anos (13,64%), 65 a 84 anos (9,56%), 18 a 24 anos (9,11%) e 85 ou mais (1,20%), apresentando dessa forma uma média de idade de 43,0 anos. A participação dos devedores por sexo segue bem distribuída, sendo 53,86% homens e 46,14% mulheres.

O levantamento revelou também que em abril de 2023, cada consumidor negativado do Estado devia, em média, R$ 4.339,69 na soma de todas as dívidas, sendo 31,53% com dívidas no valor de até R$ 500; 13,87% entre R$ 500,01 a R$ 1.000; 19,86% entre R$ 1.001,00 a 2.500; 19,74% entre 2500,01 a R$ 7.500 e; 15,01% acima de R$ 7.500.

O tempo médio de atraso dos devedores negativados em Mato Grosso é igual a 25,5 meses, sendo que 33,76% deles possuem tempo de inadimplência entre 1 a 3 anos.

Evolução do número de dívidas

Na passagem de março para abril, o número de dívidas caiu ‐0,51%. Na região Centro‐Oeste, nessa mesma base de comparação, a variação foi de 0,18% e no nacional de 0,20%. Já no comparativo com o mesmo período do ano passado, o número em Mato Grosso aumentou em 12,42%, enquanto a média da região Centro-Oeste apresentou aumento em 14,44% e a média nacional em 18,42%.

Quando analisados os setores com maior participação em dívidas a receber, o maior continua sendo os Bancos, com 46,38% do total delas, seguido de comércio (28,48%), água e luz (13,59%), comunicação (4,47%) e outros (7,08%).

Número médio de dívidas por devedores

Em abril de 2023, cada consumidor inadimplente tinha, em média, 2,112 dívidas em atraso. O número ficou abaixo da média da região Centro‐Oeste (2,120 dívidas por pessoa inadimplente) e acima da média nacional registrada no mês (2,051 dívidas para cada pessoa inadimplente).

Número de Devedores

O SPC Brasil estima que em abril de 2023 havia 66,08 milhões de consumidores pessoas físicas negativadas no Brasil, o que representa 40,60% da população adulta do país. Já em Mato Grosso o número fica próximo a 1,135 milhão.

Conforme o superintendente da CDL Cuiabá e responsável pelo Núcleo de Inteligência, Fábio Granja, os números apresentados mostram um cenário real e mais estável nos últimos dois meses após um fim de ano bem movimentado em vendas.

“O cenário é estável após alguns meses de alta, porém é preocupante quando analisamos o número total de devedores no estado e no país. A insegurança somada com a capacidade de pagamento inferior e com dificuldade em conseguir crédito geram perspectivas de não reduzir esse número em curto prazo. São várias as ações que precisam ser trabalhadas para gerar um ambiente propício a um consumo consciente e melhores negociações de dívidas. Isso passa a devolver ao cidadão uma capacidade de pagamento maior com políticas públicas e privadas que possam reduzir o alto custo de vida das pessoas com uma readequação da alta carga tributária, acesso a serviços públicos com qualidade, implantação da educação financeira na cultura das famílias brasileiras, políticas sociais com foco em capacitação, e atratividade organizada para o mercado formal de emprego e empreendedorismo”, pontua Granja.

(Com Assessoria)

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes