O economista Roberto Campos Neto que deve comandar o Banco Central a partir de janeiro é neto do cuiabano Roberto de Oliveira Campos.
O avô do possível futuro presidente do Banco Central também é economista, escritor, diplomata, articulista, ex-ministro, ex-senador, ex-deputado federal e imortal da Academia Brasileira de Letras.
Ele comandou o Ministério do Planejamento no governo Castelo Branco, de 1964 a 1967. Nesse período, ele foi um dos idealizadores e presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de agosto de 1958 a julho de 1959.
Já o neto, que tem 49 anos, é formado em economia, com especialização em finanças pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Ele é executivo do banco Santander.
Roberto Neto foi confirmado pela equipe de transição de governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), e deverá substituir Ilan Goldfajn, que não aceitou o convite para permanecer no cargo.
Para assumir o comando do Banco Central, ele deve ser sabatinado pela pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e ter seu nome aprovado.
O plenário da Casa também precisa referendar a indicação. O cargo de presidente do Banco Central tem status de ministro.