Política

Neri Geller nega fraude e diz que movimentação financeira é habitual de seus negócios

Deputado que teve o mandato cassado também disse ter "estranhado" o trâmite do processo na Justiça

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Neri Geller nega fraude e diz que movimentação financeira é habitual de seus negócios
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

O deputado federal Neri Geller disse que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi induzido ao erro no julgamento que causou a perda de seu mandato e o tornou inelegível por oito anos.

Segundo ele, as movimentações financeiras nas quais os ministros identificaram suposta triangulação para burlar a legislação eleitoral, em 2018, são de suas atividades como produtor rural, e continuam acontecendo no mesmo modelo.

“Todo produtor rural que movimenta contas bancárias com CPF faz. Eu faço isso desde 1998 e já fiz neste ano. Não tenho uma vírgula a esconder e o meu assassinato político não vai ocorrer assim”, disse.

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Neri Geller concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira (24) para dar esclarecimento sobre o processo de cassação.

Segundo ele, as transferências – cerca de R$ 7,2 milhões – durante a campanha foram feitas pela Seara e Bunge Alimentos e correspondiam a contratos de compra antecipada de produção agrícola. Ele citou quatro transações.

“Eu tenho contrato com reconhecimento de firma de todas as vendas. Eu já tinha explicado isso na apresentação de defesa no TRE-MT (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso) e consegui a aprovação das contas. O Ministério Público Eleitoral (MPE) resolveu recorrer”, afirmou.

“Trâmite suspeito”

O deputado federal questionou a tramitação do processo no TSE. Ele sugeriu que a movimentação do processo foi atípica, pelo tempo que o caso ficou parado e, depois, a agilidade nas últimas semanas.

“O processo estava parado desde 2018, na semana passada foi pautado e ontem, em 20 minutos, foi julgado. Eu esperava ter dificuldades, mas não recuar”, disse Neri.

A estratégia jurídica da defesa será questionar o resultado do julgamento via embargo de declaração. Paralelamente, recursos com efeito suspensivo das medidas mais urgentes serão postos no Supremo Tribunal Federal (STF).

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