O governador Mauro Mendes disse que não tem a obrigação de cobrir a dívida de R$ 350 milhões identificada pelo gabinete de intervenção na Secretaria de Saúde de Cuiabá. Segundo ele, encargo continua nas mãos da prefeitura, que seria a responsável por negociar com fornecedores e servidores.
“Eu não tenho a obrigação de transferir para Cuiabá verbas adicionais. Vou continuar transferindo as verbas constitucionais. Existe claramente uma má gestão. O que está acontecendo na secretaria afronta todos os princípios de administração pública. A prefeitura criou um problema, agora tem que resolver”, afirmou.
Conforme o boletim de intervenção a dívida identificada até o momento na Secretaria de Saúde de Cuiabá e na Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP) se acumula desde 2020.
Os débitos são com fornecedores de serviços para a saúde e de benefícios trabalhistas dos servidores como INSS (Instituto Nacional de Seguridade Nacional) e FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
A Prefeitura de Cuiabá, por sua vez, nega o valor. Em nota assinada por ex-secretários de Saúde, o município afirmou que o boletim do gabinete de intervenção é “midiático” e ignora “de propósito” fundos financeiros que cobririam as citadas despesas do SUS.