A reitora Myrian Serra vai deixar o comando da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Um comunicado sobre a renúncia dela ao cargo de reitora foi encaminhado nesta sexta-feira (21) à Associação Nacional do Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).
O LIVRE teve acesso ao documento. Nele, Myrian Serra alega motivos pessoais e pontua que continuará no posto até o dia 2 de março.
Ela também agradece a instituição e adianta que estará à frente de outras ações, “sempre em defesa da Educação Superior autônoma, pública, gratuita, democrática, laica e inclusiva”.
Desde meados do ano passado, Myrian Serra vinha enfrentando uma série de problemas de gestão, a maioria deles, segundo ela, causados pelo contingenciamento de recursos para as universidades, determinado pelo presidente Jair Bolsonaro.
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A primeira grande crise ocorreu em julho, quando a UFMT ficou sem energia elétrica devido a um corte. Na época, a instituição havia deixado de pagar as contas, parte delas já atrasadas e negociadas com a Energisa.
Em agosto, foi a vez dos vigilantes que prestam serviço terceirizado paralisarem os trabalhos. Sem receber salários, eles bloquearam as entradas do campus Cuiabá em protesto.
Em outubro, a Justiça determinou o bloqueio de quase R$ 800 mil da conta da UFMT para pagar a empresa contratada.
Já neste ano, a falta de segurança dentro do campus Cuiabá fez professores e alunos saírem em protesto.
Um abaixo-assinado reclamava do uso e tráfico de drogas dentro da universidade. E uma manifestação reclamou das condições precárias que facilitaram a entrada de bandidos no Hospital Veterinário.