Uma jovem de 19 anos foi socorrida pela Polícia Militar nessa quinta-feira (9) após ser espancada pelo marido, também de 19 anos, dentro da quitinete onde os dois moram, no Bairro 1º de Março, em Cuiabá.
A Polícia Militar foi acionada por vizinhos, que ouviram os gritos de socorro da jovem, que estava sem mantida em cárcere privado pelo rapaz desde o dia anterior.
Uma equipe da PM foi até o local e encontrou a vítima com a filha. Ela contou que começou a ser agredida na noite na quarta-feira (8), na frente da filha do casal, de três anos.
O marido ainda tomou o celular dela e, por isso, ela não conseguiu pedir ajuda à polícia.
Nessa quinta-feira, porém, a violência ficou ainda pior e a jovem foi agredida com socos, chutes e pancadas com cabo de vassoura. O homem chegou a pegar a filha pelos braços e a jogá-la no chão.
“Apoio” da sogra
Em meio às agressões, a mãe do acusado foi até a quitinete e, ao invés de impedir a violência, disse ao filho que a nora merecia apanhar e que ela poderia acionar a Polícia Militar, que nada aconteceria ao filho.
Os policiais foram até a casa da sogra e foram recebidos pelo irmão e o padrasto do suspeito, que disseram que o acusado esteve no local, mas já não estava mais, que ele era usuário de drogas e que sempre agredia a esposa na frente da filha.
Eles indicaram onde a mãe do suspeito trabalha e os militares foram até o mercado. Ao conversar com a sogra, esta disse que a nora “gosta de apanhar” e que os policiais a estavam envergonhando em seu trabalho por causa de duas pessoas que sempre brigam.
Ela disse, ainda, que nunca agrediu a nora e que não é a favor do casamento do filho, mas que, em alguns momentos, não concordava com as atitudes dele.
“Influência na PM”
A mulher ainda ameaçou os policiais dizendo que ligaria para um coronel da Polícia Militar com quem tem influência para denunciar os militares que estavam atendendo a ocorrência.
Como o suspeito não foi encontrado, somente a vítima foi encaminhada para a Central de Flagrantes de Cuiabá para o registro da ocorrência. Ela estava com machucados pelo corpo.
O caso foi registrado como lesão corporal, ameaça e injúria real.