O caso da morte da paciente Edleia Daniele Ferreira de Lira, 33 anos, mais conhecida como Daniele Bueno, poderá ser investigado como homicídio doloso, quando há intenção de matar. Daniele morreu no fim da tarde do último domingo (13), depois de passar por uma cirurgia de lipoescultura e redução dos seios na sexta-feira (11).
Uma fonte da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) disse ao LIVRE que, se for detectado erro médico, por imperícia, por exemplo, o caso será tratado como homicídio culposo.
Porém, se diante das circunstâncias do programa “Plástica para Todos”, aparecerem falhas em questões técnicas, ou intercorrências que indiquem um dolo eventual – quando a pessoa sabe que pode acontecer algo, mas ignora -, como o fato de a cirurgia ter sido realizada em um hospital sem UTI, ou do médico não ter registro de especialidade para realizar a cirurgia em Cuiabá, pode ser considerado homicídio doloso.
O “Plástica para Todos” também poderá ser responsabilizado pela morte. O programa é apresentado como uma opção de baixo custo para quem deseja fazer os mais variados tipos de procedimentos estéticos. Segundo a propaganda, as cirurgias podem ser pagas em até 24 vezes no boleto e 12 vezes no cartão crédito ou crediário.
A investigação continuará com a Delegacia Especializada em Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), mas a delegada Juliana Chiquito Palhares não será mais a responsável pelo inquérito, que deverá passar para a delegada Alana Cardoso.
A DHPP está aguardando o laudo sobre as causas da morte de Daniele, que foi sepultada nesta terça-feira (15). O próximo passo será ouvir o depoimento da esposa da jovem, Simone Bueno, que registrou um boletim de ocorrência sobre o caso.
No boletim, a esposa disse que, depois de Daniele passar mal, o médico levou pelo menos uma hora para atendê-la. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional Mato Grosso está acompanhando o caso.
