O touro Hatu Soledade, da raça Senepol, morreu no início desse mês deixando um prejuízo de mais de R$ 250 mil, valor estimado do animal. O touro nasceu em 2010, e pertencia ao selecionador Ricardo Pereira Carneiro, de Uberlândia (MG).
O animal se destacava em todas as características de desempenho, um reprodutor nato, afirmam especialistas. A expectativa era de que o animal produzisse pelo menos mais 25 mil doses de sêmen, e já havia produzido outras 50 mil doses, segundo informações do gerente de corte europeu da CRV Lagoa, Cristiano Leal. O animal ficava na sede da empresa em Sertãozinho (SP).
Para a revista Globo Rural, Leal lamentou a perda “irreparável para a pecuária brasileira”. Ele conta que Hotu era uma referência em termos de produção de carne. “Touro moderno, de acordo com as exigência do mercado atual e foi campeão da prova de performance da empresa em 2011”, disse.
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Segundo a publicação, a prova tem duração de 90 dias e quem a vence tem seu nome inscrito na relação dos melhores reprodutores do Brasil. “São avaliados peso, gado de peso diário, carcaça, espessura de gordura”, e outras características de valor econômico e que definem um grande e moderno raçador.
A prova tem início logo na pós-desmama do touro. Ela avalia e avaliza os animais que irão produzir carne, informa Leal. E que são capazes de transmitir essas características, complementa. “Hotu Soledade tinha um elevadíssimo conceito no nosso portfólio”, enfatiza o gerente.
A raça senepol tem crescido aceleradamente no Brasil nos últimos anos. Ela é bastante usada nos cruzamentos industriais com os zebuínos (principalmente o nelore) no inclemente clima tropical brasileiro, como em Mato Grosso, onde o calor impera e o Estado é o que possui o maior rebanho bovino do país.
A CRV Lagoa possui ainda 10 mil doses estocadas de sêmen do Hotu Soledade.
*Com informações da Revista Globo Rural
